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domingo, 29 de novembro de 2009

NOVA REALIDADE


No texto anterior, “Cidades Mortas”, falei sobre a questão do suposto esquecimento das cidades do denominado “Vale Histórico” devido à falta de viabilidade de se implantar ali uma atividade econômica que gere um rico potencial econômico. No entanto, essa era a situação do fim do século XIX e do século XX, mas agora, no século XXI, surgi à possibilidade do turismo ser a grande geradora de emprego e renda dessa e de outras tantas regiões.
Não sou contra esse tipo de exploração, deve-se sim apoiar essa atividade, pois é fundamental a geração de riqueza para a população dessas áreas. No entanto, alerto para que seja feita uma exploração planejada, que preserve não só o patrimônio material imobiliário, como também, a natureza dessa região, que foi preservada pelo mesmo motivo que esse patrimônio imobiliário, a falta de interesse econômico por muito tempo.
Deve-se promover um turismo que se molde de acorde com as condições locais, que empregue os moradores dessas cidades e que gere riqueza para ser reinvestida nessas cidades. Devemos lutar por qualificar a população dessas cidades para trabalharem com o turismo de forma sustentável. Deve-se inclusive, capacitar os moradores, em especial a Juventude do Vale Histórico, como empreendedores!
Só assim, teremos a garantia de que o meio ambiente e a riqueza do patrimônio material imobiliário serão preservados, além de que, gerando emprego e renda na região, estancaremos o êxodo de moradores dessas cidades, para regiões supostamente mais prósperas para estudarem, trabalharem, empreenderem!

“CIDADES MORTAS”




Nesses últimos 30 dias visitei por duas vezes a região denominada de “Vale Histórico”, que é à parte do Vale do Paraíba onde se concentram cidades que preservaram um pedaço do seu patrimônio material e imaterial intactos, e por esse motivo ganhou essa alcunha de “Histórico”. O interessante é perceber o porque nessa região, que abrange as cidades de Areias, São José do Barreiro, Arapeí e Bananal, esse patrimônio foi preservado.
Essa preservação não se deu por uma percepção da sua população de que é importante preservar o passado. Foi uma preservação baseada na questão econômica da região, e por isso eu parafraseio Monteiro Lobato, denominando “Cidades Mortas”. Por que essa definição? No século XIX, o principal produto gerador de riqueza no Brasil era o Café. A exploração dessa cultura se deu a partir do Rio de Janeiro, então capital do Império, e foi avançando pelo atual estado de São Paulo. Durante o Império, no auge da produção cafeeira no “Vale Histórico” essa região foi a mais rica do Brasil, sendo Bananal a cidade mais rica do Império brasileiro. Essa riqueza gerou um rico patrimônio material, que hoje nos reconhecemos nos casarios remanescentes nessas cidades. Bananal, por exemplo, teve a primeira Farmácia do Brasil, e essa região apresentava casas de até 3 patamares, engenharia equivalente aos grandes edifícios de hoje.
No entanto, com a decadência do Império brasileiro, o surgimento da República trouxe a decadência da exploração do café em todo o Vale do Paraíba, pois aqui, a exploração era feita de forma predatória, como normalmente acontece no Brasil, aconteceu com a cana-de-açúcar no Nordeste por exemplo. Cultivava-se somente café, em grandes propriedades, e com a base trabalhadora escrava. No processo de implantação do trabalho assalariado nossa região perdeu importância, e as cidades do Vale do Paraíba entraram em decadência.
Essa decadência econômica começou a ser vencida, a partir do momento da ligação rodoviária entre Rio de Janeiro e São Paulo, e com o processo de industrialização do país, que com base em São Paulo, favoreceu as cidades mais próximas da capital do Estado, e com ligação fácil (área da Dutra) a cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro. No entanto, o Vale Histórico (Bananal, Arapeí, São José do Barreiro e Areias) não estão no eixo da Dutra, e ficaram “paradas” no tempo, por isso Monteiro Lobato as apelidou de “Cidades Mortas”. Sem condições de implementar uma atividade econômica rentável, essas cidades deixaram de ser regiões atrativas, tendo sua população estagnada no patamar do século XIX e sua economia baseada na agricultura de subsistência e nas pequenas trocas comerciais.
Por não ter esse atrativo comercial é que foi possível a preservação desse patrimônio que são os casarios do século de Ouro do Café, já que a especulação imobiliária esqueceu essa parte do Brasil e de São Paulo. No entanto, é preciso agora, criar essa condição de preservação desse patrimônio, não só o urbano, mas as edificações rurais e o meio ambiente da região, pois o século XXI trouxe uma nova perspectiva de exploração econômica, que é o turismo, que algumas vezes leva a depredação desse tipo de patrimônio.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A saída de Marina Silva do PT e suas possíveis consequências.

A senadora Marina Silva, do Acre, confirmou ontem a sua saída do Partido dos Trabalhadores, sem confirmar ainda sua filiação ao Partido Verde e sua candidatura a Presidência da República. Marina Silva tem uma trajetória intimamente ligada à história do Partido dos Trabalhadores, nasceu e um seringal próximo a Rio Branco, na sua primeira atividade profissional conheceu Chico Mendes, que foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores no Acre, e líder seringueiro, defensor da Amazônia e do Desenvolvimento Sustentável. Marina ingressou no curso de História da Universidade Federal do Acre e junto de Chico Mendes organizou o Movimento Sindical no Estado. 1985 Marina Silva filiou-se ao Partido dos Trabalhadores durante a campanha a deputado federal de Chico Mendes, depois a própria Marina ingressou na vida pública, elegendo-se vereadora na cidade de Rio Branco e deputada estadual, até que em 1994 ela se elege Senadora pelo Estado do Acre, e, 2002 é reeleita Senadora, na mesma campanha que elegeu o Presidente Lula, que a indicou para o Ministério do Meio Ambiente, cargo que ela ocupou por 5 anos e meio, quando voltou para o Senado.
Marina é, portanto, herdeira política de Chico Mendes na luta pela preservação da Amazônia e por um desenvolvimento sustentável, seu nome é reconhecido internacionalmente, talvez mais do que no Brasil, à frente do Ministério do Meio Ambiente ela travou uma intensa batalha com a bancada ruralista, e com o próprio Governo Lula, que pela necessidade de por em andamento um projeto progressista e desenvolvimentista para o país conflitantes com a política imposta por Marina no Ministério. Aí talvez resida uma das causas da saída de Marina do Partido dos Trabalhadores, na medida em que o Governo Lula do PT priorizou a área econômica em detrimento da ambiental. Entendimento esse que é em parte errado, já que os dados de 2009 no campo ambiental são amplamente favoráveis, graças às medidas de Marina no Ministério, e da continuidade com o Ministro Carlos Minc, em muitos anos é a primeira vez que os dados apontam uma redução no ritmo do desmatamento da Amazônia.
Ao que tudo indica, Marina Silva vai filiar-se no Partido Verde, no entanto qual é o PV que vai receber a ecologista Marina? Faz muito tempo que o PV não é o partido da Ecologia, do desenvolvimento sustentável, da preservação da Amazônia. Qual foi a última campanha do PV em que esses temas aparecem como prioritários? Quem é a grande estrela eleitoral do PV que tem um discurso para o desenvolvimento sustentável? Fernando Gabeira? Ele é mais conhecido pelas suas idas e vindas partidárias, inclusive no Partido dos Trabalhadores, por sua excentricidade e pela sua aproximação recente com os Tucanos e Demos.Como a Senadora Marina vai se posicionar em relação à crise do Senado a partir de agora? O líder da bancada do PV no Câmara dos Deputados é Zequinha Sarney. Marina, que até agora pelo Partido dos Trabalhadores vem se colocando a favor do afastamento do Presidente do Senado José Sarney, será que ela recém chegada ao partido Verde vai se contrapor contra o líder dos verdes? São perguntas que nos só iremos conhecer as respostas de acordo com o tempo e as posturas de Marina a partir de agora.
Marina Silva, caso se decida por realmente se lançar candidata à Presidência da República em 2010 trará para o centro do debate eleitoral suas bandeiras históricas: Desenvolvimento Sustentável e preservação da Amazônia. No entanto, alguns analistas políticos e jornalistas desde antes de a Senadora anunciar sua saída do Partido dos Trabalhadores já propalavam que a possível candidatura de marina Silva a Presidência da República seria um duro golpe a candidatura da Ministra Dilma do PT a Presidência. Eu acredito que não será assim. Primeiro, o discurso pelo Desenvolvimento Sustentável e pela Preservação da Amazônia tem um apelo forte na população com mais anos de escolarização e de maior renda, ou seja, a pequena parcela da sociedade brasileira, a candidatura do Partido dos Trabalhadores, consolidada no nome da Ministra Dilma, é pautada nos projetos sociais, na política econômica e no sucesso internacional recente do país, graças ao Governo Lula do PT, que tem em sua base polítco-eleitoral a população de baixa renda e menor tempo de escolaridade. Segundo, o discurso da ética, que a oposição pretende colocar durante a campanha, devido a sua falta de projetos para o país, não pegará, os partidos da oposição, PSDB/DEM/PPS tem muito mais a perder com esse discurso do que o PT, e o PV, também, tem muito a perder com esse discurso, já que nos últimos anos a sigla se tornou em um partido de aluguel, procurados por políticos sem nenhuma consistência ideológica ou por políticos oportunistas que aderem à sigla pois os cocientes eleitorais do Partido Verde são mais baixos que de outros partidos, além de o partido não ter nomes de peso eleitoral e esses políticos oportunistas se aproveitam da legenda para alcançarem s cargos desejados.
Confirmando-se a filiação da Senadora Marina Silva no partido Verde era terá de enfrentar todos esses problemas, com a diferença de que ela não estará mais no Partido dos Trabalhadores, uma instituição democrática, que elege democraticamente suas lideranças, ao contrário de outros partidos políticos.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Educação para o Consumo!


Essa semana enfrentei alguns desafios. Estou participando do processo de seleção para a Etec em Guaratinguetá, e a dinâmica da seleção são aulas-testes para uma banca examinadora. Eles indicam 3 temas e na hora nos é sorteado um tema para a simulação de aula. Para a disciplina de Ética tive de desenvolver o tema "O Código de Defesa do Consumidor". Ao preparar alguma coisa para esse tema me deparei com a questão da Educação para o Consumo, e me interessei muito por esse tema. Pesquisei sobre o assunto e descobri que nosso Código de Defesa do Consumidor já vem contemplando essa situação. Essa sociedade em que vivemos realmente nos força ao consumo desenfreado de bens, que muitas vezes não são necessários para o nosso bem estar. Esse foi o debate que tentei levantar na aula teste, e considero que deu certo, pois envolvi a banca no debate.
Meu raciocínio seguiu a seguinte linha: vivemos em uma sociedade que nos obriga a consumir, por força da mídia, no entanto, consumimos muito mais do que os recursos naturais disponíveis, segundo o documentário "A História das Coisas" consumimos 3 vezes a capacidade do planeta, e dessa forma estamos liquidando nosso planeta. Bom, até aí sem muita novidade, pois é fato que estamos destruindo a Terra.
Qual a novidade, o papel da educação para alterarmos essa situação. Os currículos oficiais de ensino não contemplam a educação para o consumo, e se não moldarmos as novas gerações para uma nova realidade de consumo, a Terra será consumida até a sua exaustão. O papel da mídia é fundamental nesse processo, devemos realmente exigir que os governos regulem a atividade do Marketing de produtos, como vem fazendo com cigarros e bebidas alcoólicas, acredito que se deva atuar, também, na questão do consumo desenfredo.
E o papel dos educadores? Acredito que devamos preparar os jovens para que tenham atitudes difenretes da nossa em relação ao consumo de bens. Muitasa vezes compramos coisas que não precisamos, ou que já temos uma outra peça que cumpra a mesma função, e vamos acumulando coisas desnecessárias. Além disso, temos a obrigação de pensar no descarte dos bens que não usamos mais, a cada vez que compramos um novo bem descartamos um antigo, e de que forma fazemos esse descarte? Será que esse bem já deveria ser substituído? Não tem mais serventia? São perguntas que devemos fazer.
Nesse sentido, de se Educar para o Consumo, encontrei um roteiro de perguntas que se deve fazer a si mesmo antes de comprar algum bem, vai aqui esse roteiro:

1- Por que comprar?
2- O que comprar?
3- Como comprar?
4- De quem comprar?
5- Como usar?
6- Como descartar?

É um roteiro simples, mas que quase na totalidade das pessoas ninguém o segue na hora de fazer as compras. A sociedade civil organizada vem se mobilizando aos poucos para cobrar esse roteiro, podemos usar como exemplo que algumas cadeias de supermecados estão restringindo a compra de carne de alguns frigoríficos que atuam em áreas desmatadas da Amazônia Legal, a pedido de entidades de defesa do meio ambiente. Atitudes como essa devem ser seguidas por outras empresas, e nos consumidores devemos, também, prestar atenção nesse roteiro ao fazermos nossas compras.