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segunda-feira, 31 de maio de 2010

ATAQUE ISRAELENSE A "FLOTILHA DA LIBERDADE"

Nota do Itamaraty sobre o ato terrorista de Israel. A charge abaixo é do cartunista Carlos Latuff.



Com choque e consternação, o Governo brasileiro recebeu a notícia do ataque israelense a um dos barcos da flotilha que levava ajuda humanitária internacional à Faixa de Gaza, do qual resultou a morte de mais de uma dezena de pessoas, além de ferimentos em outros integrantes.
O Brasil condena, em termos veementes, a ação israelense, uma vez que não há justificativa para intervenção militar em comboio pacífico, de caráter estritamente humanitário. O fato é agravado por ter ocorrido, segundo as informações disponíveis, em águas internacionais. O Brasil considera que o incidente deva ser objeto de investigação independente, que esclareça plenamente os fatos à luz do Direito Humanitário e do Direito Internacional como um todo.
Os trágicos resultados da operação militar israelense denotam, uma vez mais, a necessidade de que seja levantado, imediatamente, o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, com vistas a garantir a liberdade de locomoção de seus habitantes e o livre acesso de alimentos, remédios e bens de consumo àquela região.
Preocupa especialmente ao Governo brasileiro a notícia de que uma brasileira, Iara Lee, estava numa das embarcações que compunha a flotilha humanitária. O Ministro Celso Amorim, ao solidarizar-se com os familiares das vítimas do ataque, determinou que fossem tomadas providências imediatas para a localização da cidadã brasileira.
A Representante do Brasil junto à ONU foi instruída a apoiar a convocação de reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a operação militar israelense.
O Embaixador de Israel no Brasil está sendo chamado ao Itamaraty para que seja manifestada a indignação do Governo Brasileiro com o incidente e a preocupação com a situação da cidadã brasileira.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

OUTRO MUNDO, MAIS DO QUE POSSÍVEL, É NECESSÁRIO!


Foi anunciado na última segunda-feira, 17 de maio, um histórico acordo para a pacificação nuclear do planeta. Na contramão da política internacional norte-americana e de parte das nações da União Européia, que propunham sanções e intervenções no Irã, o Brasil e Turquia, liderados pelo presidente Lula, estabeleceram um acordo com o Irã para a troca de urânio por combustível nuclear. É a partir do urânio enriquecido que se projetam as armas nucleares. No entanto, esse material enriquecido moderadamente, é um combustível nuclear importante para tratamento médico e geração de energia limpa. Ao aceitar a troca do urânio, que possivelmente poderia ser enriquecido pelo urânio combustível nuclear o Irã demonstra o caráter pacífico de seu programa nuclear.
Ao longo de um ano a Turquia armazenará mil e duzentos quilos de urânio enriquecido a 3%, do Irão, e ao final deste prazo França e Rússia enviarão à Teerã a mesma quantidade em combustível nuclear (urânio enriquecido a 20%), material destinado a pesquisas médicas. A Turquia comprometeu-se em devolver o urânio iraniano caso França e Rússia não cumpram sua parte no acordo.
Para entrar em vigor o acordo falta à aprovação da agência nuclear da ONU, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). O que deve acontecer nos próximos dias.
Fica provada a tese do presidente Lula de que o melhor caminho para a solução dos problemas multinacionais é o diálogo. EUA e União Européia pregavam sanções econômicas e tem um histórico de intervenções militares que fizeram com que o Irã rejeitasse a sua mediação. Já o Brasil, do presidente Lula, tem um histórico de diálogo, por este motivo o Irã aceitou a mediação proposta pelo presidente Lula.
Com mais este ato, a importância do Brasil no cenário internacional consolida-se cada vez mais, como uma nação pacífica e mediadora de conflitos, que é exemplo de austeridade econômica e tem em seu líder, o presidente Lula, uma das figuras mais respeitadas de todo o planeta. Já se fala no nome do presidente para o prêmio Nobel da Paz, e já não é de hoje que se fala no nome do presidente brasileiro para liderar a ONU, quando ele deixar o governo no final deste ano, coisa que o presidente já deixou claro que não pretende aceitar.
Eu como brasileiro tenho muito orgulho do nosso país hoje e do nosso presidente. Que nos representa em toda parte do planeta sem se curvar a nenhuma nação. Como disse o presidente norte-americano, Lula é o “Cara!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

LULA É ELEITO O LÍDER MAIS INFLUENTE DO MUNDO PELA REVISTA TIME


Nota veiculada pelo Diretório Nacional do PT.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito nesta quinta-feira (29) pela edição norte-americana da revista "Time” como o líder mais influente do mundo. Segundo empresas especializadas em comunicação, a Time é hoje a revista semanal de maior circulação do planeta.
Lula encabeça o ranking de 25 nomes e é seguido por J.T Wang, presidente da empresa de computadores pessoais Acer, o almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o presidente americano Barack Obama e Ron Bloom, assessor sênior do secretário do Tesouro dos Estados Unidos.
No perfil escrito pelo cineasta Michael Moore, o programa Fome Zero é citado como destaque no governo do PT como uma das conquistas para levar o Brasil ao “primeiro mundo”. A história de vida de Lula também é ressaltada por Moore, que chama o presidente brasileiro de “verdadeiro filho da classe trabalhadora da América Latina”.
A revista lembra quando Lula, aos 25 anos, perdeu sua primeira esposa, Maria, grávida de oito meses, pelo fato dos dois não terem acesso a um plano de saúde decente. Ironizando, Moore dá um recado aos bilionários do mundo: “deixem os povos terem bons cuidados de saúde e eles causarão muito menos problemas para vocês”.
A lista da "Times" é dividida em quatro categorias: líderes, heróis, artistas e pensadores. Lula lidera o ranking dos 25 líderes mais influentes do mundo.

Veja abaixo a lista dos 25 líderes mais influentes de 2010, segundo a "Time":

1. Luiz Inácio Lula da Silva
2. J.T. Wang
3. Mike Mullen
4. Barack Obama
5. Ron Bloom
6. Yukio Hatoyama
7. Dominique Strauss-Kahn
8. Nancy Pelosi
9. Sarah Palin
10. Salam Fayyad
11. Jon Kyl
12. Glenn Beck
13. Annise Parker
14. Tidjane Thiam
15. Jenny Beth Martin
16. Christine Lagarde
17. Tayyip Erdogan
18. Stanley McChrystal
19. Manmohan Singh
20. Bo Xilai
21. Mark Carney
22. Carol Keehan
23. Khalifa bin Zayed al-Nahyan
24. Robin Li
25. Scott Brown
Leia abaixo a tradução do perfil escrito por Michael Moore sobre Lula:
Quando os brasileiros elegeram pela primeira vez Luiz Inácio Lula da Silva Presidente, em 2002, os barões larápios do país checaram nervosamente os indicadores de combustível dos seus jatinhos. Eles tinham transformado o Brasil num dos lugares mais desiguais da Terra, e parecia que havia chegado a hora da retaliação. Lula, 64 anos, era um filho genuíno da classe operária da América Latina- de fato, um membro fundador do Partido dos Trabalhadores-, que já tinha sido preso por liderar uma greve.
Ao tempo em que Lula finalmente conquistou a Presidência, depois de três tentativas fracassadas, ele já era uma figura conhecida na vida nacional brasileira. Mas o que o havia levado à vida política? Teria sido o seu conhecimento pessoal do quão duro muitos brasileiros precisam trabalhar só para conseguir sobreviver? Ter sido forçado a abandonar a escola na quinta série para ajudar no sustento da família? Ter trabalhado na infância como engraxate? Ter perdido parte de um dedo num acidente de trabalho?
Não, foi quando, na idade de 25 anos, ele viu sua mulher, Maria, morrer aos oito meses de gravidez, junto com seu bebê, porque eles não podiam pagar um tratamento médico decente.
Há aí uma lição para bilionários do mundo: permitam que as pessoas tenham acesso a um bom tratamento de saúde e elas não causarão muitos problemas no futuro.
E aqui vai uma lição para o resto de nós: a grande ironia da presidência de Lula- ele foi eleito para um segundo mandato em 2006 e ainda vai completá-lo este ano-é que, ao mesmo tempo em que ele conduz o Brasil rumo ao Primeiro Mundo com programas como o Fome Zero, destinado a eliminar a inanição, e projetos para melhorar a educação dos membros da classe trabalhadora do Brasil, os EUA parecem mais, a cada dia que passa, com o antigo Terceiro Mundo.
O que Lula quer para o Brasil é aquilo que costumávamos chamar de “O Sonho Americano”. Em contraste, nós, nos EUA, onde o 1% mais rico da população tem agora mais riqueza financeira que os 95% mais pobres, estamos vivendo numa sociedade que está rapidamente se tornando parecida com o Brasil.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

OS CRITÉRIOS DA ESQUERDA NAS ELEIÇÕES!

Texto do sociólogo e cientista político Emir Sader , publicado em seu blog no site da Agência Carta Maior. No texto ele posiciona as forças políticas brasileiras e seus projetos. Leitura Obrigatória.

As referências estratégicas para uma análise de esquerda dos governos são a inserção internacional e o enfrentamento do neoliberalismo. A hegemonia imperial norteamericana e o modelo neoliberal são os dois pilares fundamentais de sustentação de um mundo violento e injusto.
A caracterização de governos latinoamericanos como progressistas ou de direita, vem daí. A liquidação da Alca – Área de Livre Comércio das Americas, que os EUA e o governo FHC tentavam impor ao continente e que foi derrotada com a participação decisiva do governo Lula – e a prioridade das alianças estratégicas com países da região – mediante os processos de integração regional, do Mercosul à Alba, passando pelo Banco do Sul, pela Unasul, pelo Conselho Sulamericano de Defesa, entre outros – e das alianças com o Sul do mundo – de que os Brics são a expressão mais clara – redefiniu o lugar do Brasil no mundo, conquistou mais espaços de soberania para que definamos de forma autônoma nosso destino.
Um governo de direita – como o de FHC e os propostos por Alckmin e por Serra – centrava nossa inserção internacional na aliança subordinada com os EUA e com os países do centro do capitalismo – os que foram colonizadores e agora são imperialistas e globalizadores -, nos distanciando da América Latina e do Sul do mundo – Ásia e África. É a política de um país como o México – cuja eleição, fraudada, do presidente atual, foi saudada por Alckmin na campanha de 2002, com o caminho que desejam para o Brasil e que levou à bancarrota atual daquele país, situação similar à que teríamos, caso tivessem ganho os tucanos naquela oportunidade.
Graças à derrota tucana, nos livramos da Alca, dos Tratados de Livre Comercio com os EUA e de termos atrelado nossa economia aos países que se tornaram os epicentros da crise internacional. Ao contrário, diversificamos nosso comércio exterior com o Sul do mundo – a China se tornou o primeiro parceiro comercial do Brasil, deslocando, pela primeira vez, os EUA dessa posição – e com os países da região.
Essa reinserção internacional é um dos avanços estratégicos que tem que ser considerados prioritariamente pela esquerda, cuja luta por enfraquecer a hegemonia imperial norteamericana e trabalhar por um mundo multipolar, é uma das marcas que a caracteriza como esquerda no período histórico atual.
Quando o candidato tucano fala em sair ou enfraquecer ainda mais o Mercosul – ainda mais quando a Venezuela ingressa -, em terminar com as alianças com o Sul do mundo para restabelecê-las – obrigatoriamente de maneira subordinada e vulnerando nossa soberania – com as potências centrais do capitalismo, não apenas quer restabelecer nossa posição subordinada e de perfil baixo no mundo, mas também retomar as condições da falta de autonomia para nossas políticas internas. Embora queira aparecer como continuidade do governo Lula – sabendo que, eleitoralmente, será derrotado, se aparecer como opositor frontal -, o candidato tucano vai deixando escapar o que realmente pretenderia fazer, caso ganhasse. A inserção internacional do Brasil seria radicalmente reformulada, em detrimento da prioridade de alianças regionais e com o Sul do mundo, vulnerando assim abertamente as condições de soberania, que são condição não apenas da nossa força externa, mas também da nossa autonomia para desenvolver nossas políticas internas.
Aqui entra o segundo ponto: a avaliação de políticas e de governos, conforme se coloquem a favor ou contra o modelo neoliberal. O governo FHC, depois do fracasso do governo Collor e da retomada do projeto neoliberal pelo governo Itamar, representou o mais coerente projeto neoliberal que o país conheceu, promovendo a desregulamentação e a mercantilização de forma generalizadas. Debilitou o papel do Estado em todos os planos, promoveu privatizações corruptas do patrimônio público, abertura acelerada da economia, proteção do capital financeiro, promoção das políticas de livre comercio no plano externo, exemplificadas no seu mais alto nível na promoção da Alca, precarização das relações de trabalho – com a maioria dos brasileiros passando a não dispor de carteira de trabalho -, entre outros atentados aos direitos sociais, à igualdade e justiça sociais, à democracia e à soberania do Brasil. Expropriou direitos em favor do mercado e da mercantilização, na educação, na saúde, na cultura, em tudo o que pôde.
O governo Lula freou o processo de privatizações – que teria avançado para a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, a Eletrobrás, caso os tucanos seguissem governando -, retomou a temática do desenvolvimento econômico, como central, aliada indissoluvelmente à extensão dos direitos econômicos e sociais da grande maioria dos brasileiros, situados na pobreza e na miséria, retomou o papel central do Estado na indução do crescimento econômico e da distribuição de renda, brecou o processo de privatização da educação, fortalecendo as universidades publicas, entre outras ações, todas na contramão do modelo neoliberal. Fortaleceu direitos, promoveu a desmercantilização, avançou na democratização das nossas relações sociais e econômicas, como nenhum outro governo tinha feito.
São essas duas referências que dão o caráter da candidatura da Dilma para a esquerda: reinserção internacional do Brasil, fortalecendo os processos de integração regional e as alianças com o Sul do mundo, e enfraquecimento do processo de mercantilizacao desenfreada promovido pelos tucanos, fortalecendo os direitos, a esfera pública, o papel regulador e indutor do crescimento e dos direitos sociais do Estado.
Quem se propõe a afetar a soberania do Brasil e a questionar ações centrais para a retomada do tema do desenvolvimento – abolida e substituído pelo do ajuste fiscal pelos tucanos -, tentando desqualificar o PAC, prega o maior retrocesso que o Brasil poderia ter hoje, retomando temas jurásicos como as alianças prioritárias com os EUA, o abandono dos processos de integração regional na America Latina e no Sul do mundo.
Daí a polarização entre o campo progressista e o de direita nas eleições deste ano. Qualquer postura que pregue a anulação das diferenças substanciais entre os dois campos, desconhece a realidade objetiva, tenta fazer passar seus desejos com a realidade, e a ameaça cometer de novo o gravíssimo erro estratégico de fazer o jogo da direita, ao considerar – como fizeram em 2006, que Alckmin e Lula seriam iguais, sem que tenham feito autocrítica, por exemplo, sobre o que seria do Brasil na crise, sob direção tucano-demista – de que em um segundo turno se absteriam. A definição da posição no segundo turno deve ser feita desde hoje – pelos candidatos da extrema esquerda, assim como por Marina -, e revela a inserção de cada candidatura no campo da esquerda ou não.
A vitória do campo popular permitirá impor uma derrota estratégica à direita, mandará para a aposentadoria uma geração de políticos de direita, abrirá espaço para a saída definitiva do modelo neoliberal e a construção de um país democrático, justo, solidário, soberano, ao longo de toda a primeira metade do novo século.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

OS BRIC: PENSANDO O FUTURO.

Artigo do Presidente Lula, publicado no Jornal o Estado de São Paulo do dia 16 de abril de 2010.


O grupo Bric nasceu há dez anos como uma mera sigla. Identificava um grupo de países que começava a transformar a realidade global.
Essas mudanças começam pelo fato de que, juntos, Brasil, Rússia, Índia e China já contribuem com 15% do PIB mundial. Somos países onde tudo é em grande escala. Representamos quase metade da população mundial, 20% da superfície terrestre e possuímos recursos naturais abundantes.
Somos, sobretudo, nações conscientes de nosso potencial como agentes de renovação. Por isso, os Bric já não são apenas um conjunto de letras. São uma referência incontornável na tomada das principais decisões internacionais. Estamos unindo esforços e coordenando posições para propor uma discussão mais transparente e democrática dos desafios que defrontam a humanidade como um todo.
É esta a mensagem que o Brasil levará à segunda reunião em nível presidencial dos Bric, que se realiza, no próximo dia 16 de abril, em Brasília. Apostamos numa articulação diplomática criativa e pragmática.
Já demonstramos nosso compromisso com o enfrentamento de desafios globais como os da segurança alimentar e da produção de energia no contexto das ameaças da mudança climática.
Mas o verdadeiro batismo de fogo do grupo ocorreu durante a crise global. A sólida reação dos quatro países à derrocada econômica do mundo desenvolvido abriu alternativas, por distintos caminhos, aos surrados dogmas herdados de ontem.
A recessão global não diminuiu o peso dos Bric – muito pelo contrário.
Propusemos estratégias coletivas para superar a crise e dar aos países em desenvolvimento um peso compatível na agenda internacional.
O colapso dos mercados financeiros é sintomático da falência de paradigmas antes tidos como inquestionáveis. Desabaram as verdades sobre a desregulamentação dos mercados. Ruiu o ideal do Estado mínimo.
A flexibilização dos direitos trabalhistas deixou de ser um mantra para combater o desemprego. Quando despencaram todas essas ortodoxias, foi a mão visível do Estado que protegeu o sistema econômico do colapso criado pela mão invisível do mercado.
Enquanto alguns dos principais países deixavam prosperar excessos especulativos, os Bric promoveram crescimento focado no trabalho e na prudência. No Brasil, nunca perdemos de vista o imperativo de enfrentar a desigualdade social. Como resultado, desde 2003, 20 milhões de brasileiros deixaram a pobreza e ganharam os direitos da cidadania plena.
No G-20, propomos saídas para a crise apoiadas em políticas anticíclicas, regulação dos mercados, combate aos paraísos fiscais e renovação das instituições de Bretton Woods.
Não podemos deixar que os sinais incipientes de recuperação da economia mundial sirvam de pretexto para abandonar os compromissos de reforma dessas organizações. Os membros do Bric não injetaram quase US$ 100 bilhões no FMI para que tudo ficasse como antes.
Seguiremos defendendo a democratização do processo multilateral de tomada de decisão. Os países pobres e em desenvolvimento têm o direito de serem ouvidos. Reduzir o fosso que os separa dos países ricos não é só questão de justiça. Disso depende a estabilidade econômica, social e política mundial. É nossa melhor contribuição para a paz.
Os recursos necessários para superar a fome e a pobreza são volumosos, mas modestos, quando comparados ao custo de resgatar bancos falidos e instituições financeiras vítimas de sua ganância especulativa. Não adianta oferecer alimentos e caridade, se não ajudarmos os países a realizar seu potencial econômico e agrícola.
Mesmo esses esforços estruturantes serão insuficientes para reverter a insegurança alimentar que aflige centenas de milhões enquanto persistir a distorção do comércio agrícola mundial. Os subsídios abusivos dos países ricos desestimulam a produção local, fomentam a dependência e desviam recursos melhor aplicados em programas de desenvolvimento. Por isso, é inadiável a conclusão da Rodada Doha.
Em nenhum tema o impasse negociador é tão grave quanto na questão ambiental. Por isso, os Bric estão empenhados em ajudar a fechar o acordo que faltou em Copenhague. Reduzir os gases de efeito estufa e manter o crescimento robusto nos países em desenvolvimento requer que todos façam sua parte, como vêm demonstrando os Bric com iniciativas ambiciosas para mitigar suas emissões.
Por isso, os grandes poluidores históricos têm um encargo especial. O equilíbrio que o Protocolo de Kyoto estabelece é indispensável para podermos avançar juntos.
O cenário internacional está repleto de antigos problemas, ao mesmo tempo em que despontam novas ameaças. Nem os membros do Bric, nem qualquer outro país, tem condições de enfrentá-los isoladamente. O unilateralismo nos levou no passado a impasses, quando não a catástrofes humanas, como a do Iraque.
Dependemos cada vez mais uns dos outros. É imprescindível forjar uma governança global mais representativa e transparente, capaz de inspirar unidade de propósito e revitalizar a vontade coletiva em busca de soluções consensuais. Os Bric cumprirão com suas responsabilidades nessa caminhada.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

DIFERENÇAS ENTRE CHILE E BRASIL QUE FINGEM NÃO VER.


Nesta semana com a vitória do candidato Sebastian Piñera ao cargo de presidente do Chile proporcionou euforia na grande mídia brasileira e na oposição de direita ao governo Lula. Isso porque, avaliações superficiais classificavam a situação política chilena semelhante à brasileira. Governo Federal com forte índice de aprovação popular e oposição de direita e, e mais nada. Temos de avaliar alguns outros pontos, que não são citados aqui no Brasil pela grande mídia e pela direita.
Primeiro, o candidato da direita chilena, Sebastian Piñera, é um empresário bem sucedido, homem mais rico do Chile, um alpinista político, sem trajetória de militância. Dono da LAN Chile, companhia de transporte aéreo. Colou-se nele uma imagem de um administrador privado qualificado, de uma novidade na política chilena, jovial e bem sucedido. Bem, vamos analisar o provável candidato da oposição de direita no Brasil, José Serra. Alguma semelhança com a imagem rotulada em Piñera? Não vejo. Serra tem uma pseudo-origem no movimento estudantil, fugiu do Brasil quando a resistência à ditadura precisava de suas lideranças por aqui, voltando ao país se alinhou a setores da direita, como o antigo PFL, atual Democratas, que tem origem no partido de sustentação da Ditadura Militar brasileira, a ARENA. Ocupou dois ministérios no governo FHC, uma gestão marcada pelo Neoliberalismo. Privatizador e não desenvolvimentista.
Em segundo lugar, a “Concertação”, coligação partidária que dá sustentação ao governo Bachelet no Chile está no poder já há 20 anos, portanto, o desgaste deste grupo político é muito maior que o desgaste atribuído à coligação que dá sustentação ao governo Lula, no Brasil, que irá apoiar a candidatura da Ministra Dilma Rousseff à presidência da República, no poder a 7 anos. Aliás a “Concertação” surgiu no final da Ditadura Pinochet, sendo uma junção de parte do Partido Socialista Chileno e da Democracia Cristã (Católica), partido de Centro. Claro que a coligação que dá suporte ao governo Lula conta, também, com setores Centristas, no entanto, não tem todo o desgaste da “Concertação” chilena.
Para piorar, o candidatado da “Concertação” foi Eduardo Frei, ex-presidente chileno da década de 90 do século passado, ligado ao Centro Católico, portanto, de certa forma, afastado do perfil socialista da Presidenta Bachelet. Esta condição travou a transferência de votos da Presidenta para seu candidato. No Brasil, Dilma é uma novidade no cenário político, eu venho dizendo, já há algum tempo, que nas eleições presidenciais de 2010 no Brasil, para se sair bem sucedido seria necessário apresentar alguma novidade, como foi o caso de Obama nos EUA e de Piñera no Chile. Dilma é mulher, ainda no Brasil não tivemos uma mulher ocupando a presidência da República e tem experiência na gestão pública. Porém, sem sofrer o desgaste de ter ocupado cargos eletivos. Por este motivo quando o presidente Lula a indicou como sua sucessora, e o PT endossou sua pré-candidatura, mesmo com os índices iniciais das pesquisas de opinião baixos, eu venho confiando no sucesso de Dilma nas eleições deste ano. Já José Serra enfrenta um desgaste duplo. Primeiro, é impossível não o associar a gestão de FHC e; segundo por ter ocupado recentemente 2 cargos eletivos, na prefeitura de São Paulo (que ele abandonou mesmo prometendo nas eleições que cumpriria seu mandato até o fim) e agora no governo do estado de São Paulo.
Por fim, entendemos o esforço do presidente Lula e do PT em convencer o deputado Ciro Gomes, PSB, a retirar sua legítima candidatura à Presidência da República. Isso porque o PSB é um aliado histórico do PT e do Presidente Lula, integra a base de sustentação do Governo Federal, e é um partido forte nos estados, em especial no Nordeste, onde se encontram seus 3 governadores. Eduardo Frei enfrentou no Chile, além de Piñera, Marco Enriquez-Ominami, candidato com origem em uma dissidência da “Concertação” chilena, que no primeiro turno das eleições dividiu o eleitorado de Centro e Esquerda com Frei, e no segundo turno não houve tempo suficiente para a transferência de votos de Enriquez-Ominami para Frei. Essa divisão foi determinante na derrota da “Concertação”, por apenas 3 pontos percentuais, coisa que o presidente Lula vem se esforçando para evitar algo semelhante na sua base de sustentação.
Portanto, mesmo com a grande mídia brasileira e a oposição de direita (PSDB/DEM/PPS) propaguem aos quatro ventos que as condições no Chile sejam semelhantes às condições no Brasil e espalhem que o governo Lula não fará sua sucessora, eu continuo acreditando muito na vitória da companheira Dilma, e não por “ufanismo” partidário, mas sim por não aceitar esse estratagema da direita, de comparação entre Chile e Brasil, Bachelet e Lula, Frei e Dilma, Piñera e Serra. Isto tudo é muito diferente, nossa condição é outra, nosso presidente é diferente de tudo que já apareceu no Mundo até hoje e nossa candidata é muito diferente do deles.
Viva Lula, Viva Dilma!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

ELEIÇÕES NO URUGUAI E EM HONDURAS....

No último domingo, 29 de novembro, tanto no Uruguai, como em Honduras, aconteceram eleições presidenciais. No entanto, o modo como foi conduzido o processo nos dois países foi bem distinto.
No Uruguai, ocorreu uma verdadeira festa cívica, onde o Governo atual, legalmente eleito anos atrás, conduziu um processo juridicamente legal, que não deixou nenhuma dúvida da sua clareza e lisura. Sendo eleito presidente José “Pepe” Mujica, da Frente Ampla, apoiado pelo presidente Tabaré Vasquez. Já em Honduras, o processo foi dos mais nebulosos dos últimos tempos, onde quem conduziu o processo eleitoral foi o governo golpista, que assumiu o poder no país no meio do ano através de um golpe militar. As eleições hondurenhas estão desprovidas de credibilidade e de legitimidade, processo esse, que não respeitou a vontade dos cidadãos hondurenhos, mas sim de uma elite local e do governo norte-americano. Em Honduras foi eleito Porfírio Lobo, apoiado por aqueles que deram o golpe de estado.
As eleições em Honduras, segundo o governo golpista tiveram abstenção de aproximadamente 40%, já a assessoria do presidente Manuel Zelaya, deposto em junho, declara que a abstenção chegou no patamar de 67% do eleitorado. Analisando os números divulgados, o que se pode afirmar é que a votação deve um baixo nível de comparecimento, o que reflete a falta de confiança da população hondurenha em relação à lisura do processo. Votação essa, que não legitima o governo eleito, já que ele carrega como “peso” eleitoral, menos da metade dos eleitores de Honduras.
O que nos mostra os dois processos eleitorais do último fim de semana, é que hoje em dia, com a rapidez com que corre a informação, com o custo da comunicação de massa, barateado pela Internet, através dos blogs, twitters, youtubes, e similares, em detrimento dos grandes conglomerados de comunicação, é que um processo ilegítimo, não democrático, não é mais nos empurrado a força como antes, a luta de Honduras agora é para os outros países reconhecerem o seu governo eleito dessa forma, não será um caminho fácil. Já o novo governo do Uruguai já nasce reconhecido pela Aldeia Global.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

SOBRE OS 20 ANOS DA QUEDA DO MURO DE BERLIM


Em 9 de novembro de 1989 caía o Muro de Berlim, talvez o principal símbolo de uma época, a Guerra Fria. Ao fim da II Grande Guerra, em 1945, estava completo o declínio dos Grandes Impérios Mundiais europeus, que marcaram o mundo com o advento da Era Moderna e das Grandes Navegações. A expansão do nazismo, durante a II Guerra, obrigou as outras nações do mundo a se juntarem em uma grande aliança para combater o exército alemão, em especial no continente europeu. Duas nações foram protagonistas no combate aos nazistas: os EUA, que entraram na guerra para manter o controle do Pacífico e entrar na Europa; e a ex - URSS, para evitar a que a expansão nazista anexasse seus territórios no leste europeu. Vitoriosos, EUA e URSS ocuparam o espaço deixado pelos Impérios Europeus, e dividiram o planeta em duas zonas de influência, a Capitalista, capitaneada pelos EUA, que pregava uma sociedade baseada no progresso material e na disputa do mercado pela iniciativa privada e; a Comunista, que propunha um modelo de cooperativismo social, onde cada ser teria sua função social, e a produção da riqueza seria compartilhada pela sociedade uniformemente. Em especial, a Europa representou bem essa divisão, estando na sua parte ocidental as nações ob influência americana, e na parte oriental os países ligados aos soviéticos. Dentre as punições impostas à Alemanha após a guerra, estava a sua divisão territorial em 4 partes, uma destinada à França, outra a Inglaterra, ao EUA e a URSS. Sua capital, Berlim, mesmo estando em território destinado aos soviéticos também foi dividida entre essas nações. Com o decorrer dos primeiros anos pós-guerra os territórios sob controle de EUA, França e Inglaterra se juntaram e constituíram uma única nação, a Alemanha Ocidental, enquanto o território sob controle soviético era chamado de Alemanha Oriental. Para barrar a circulação de pessoas entre as duas partes de Berlim, foi construído o citado Muro de Berlim, que separava a parte Ocidental da Oriental da cidade.
Com a decadência da URSS, na década de 80, do século passado, a Alemanha entrou em processo de unificação, e os países do campo soviético passaram a aderir ao modo de vida capitalista, e a queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989 representou simbolicamente essa passagem.
A queda do Muro de Berlim representou, também, o início do declínio do Império Americano, pois trouxe junto com ela a ascensão econômica da Alemanha e do Japão no mercado global e forçou a retirada das tropas americanas, em especial, da Europa. Para manter a hegemonia mundial, os EUA foram obrigados a se voltarem para 2 partes do mapa: o Oriente Médio e a América Latina.
O Oriente Médio, é a região onde encontramos os maiores produtores e as maiores reservas de petróleo do planeta, portanto, controlar essa região, significa controlar a extração e a comercialização desse combustível, o principal de nossa economia.
Já a América Latina, tratada como seu “quintal” pelos americanos, desde o século 19, passou a ser fundamental como mercado consumidor dos produtos americanos, que deixaram de ser comercializados com a Europa e Ásia, devido à concorrência de Alemanha e Japão.
Nesse contexto os governos americanos vêm promovendo inúmeras intervenções nessas regiões, como as 2 guerras do Golfo Pérsico (Iraque) e a Guerra do Afeganistão, com a justificativa de combate ao terrorismo de extremistas islâmicos. Além das intervenções militares na Nicarágua e na Colômbia, com a justificativa de combate ao narcotráfico.
A eleição de Obama para comandar os EUA, a princípio, gerou a expectativa de que a política internacional americana mudaria. Porém,até o momento, mesmo com o presidente recebendo o Prêmio Nobel da Paz, essa mudança de rumos não se concretizou, ao contrário, Obama propôs o aumento do número de soldados no Afeganistão, o aumento do número de soldados na Colômbia, mantém em atividade a prisão de Guantánamo, não encerra o bloqueio econômico a Cuba, mantém uma relação conflituosa com a Venezuela e os países Bolivarianos e não assume o papel de mediador do golpe de estado de Honduras.
Tendo isto em vista, percebemos que ainda vivemos sob um mundo fortemente influenciado pela queda do Muro de Berlim, que ainda não conseguiu se reorganizar e vencer o Imperialismo americano, que não respeita a individualidade de cada nação de cada cultura.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

GOLPE MILITAR EM HONDURAS: UMA REFLEXÃO SOBRE A AMERICA LATINA E SUAS RELAÇÕES COM OS EUA.


Mais de um mês já que foi dado o golpe de Estado em Honduras, e ainda não se chegou a uma solução. Inicialmente, para mim, Honduras era mais uma nação desorganizada, com uma economia frágil, e amplamente dependente da economia norte-americana, como a imensa maioria das nações da América Central e do Sul, e que talvez a retração da economia dos EUA tivesse afetado o equilíbrio de poder das elites hondurenhas, revivendo a tradição de golpes de estado nas nações da América Latina do século XX. Procurando as raízes dos golpes de estado na América Latina da segunda metade do século XX chegamos a uma resposta político-ideológico, devemos enquadrar a maior parte desses fatos ao contexto da Guerra Fria e do bipolarismo que dividia o planeta em duas zonas de influência: uma área de controle submetido à política dos EUA e a segunda sob hegemonia da Ex-URSS. As nações se alinhavam de acordo com os interesses econômicos e a pressão militar. Uma das formas de ação, principalmente dos EUA, na região para trazer ou manter os países sob sua zona de influência era, e continua sendo, o financiamento de determinadas elites, nos países periféricos, para que elas tomassem o poder e controlassem a grande mídia nessas nações, ditando políticas econômicas de subordinação desses países aos norte-americanos. Dessa forma as forças armadas dos EUA atuavam nessas nações sem precisar de uma intervenção militar direta.
Com a queda do “Muro de Berlim” e a nova ordem mundial de forças políticas a justificativa e o inimigo do imperialismo dos EUA mudaram, Ao invés de uma justificativa político-ideológico contra o socialismo, a batalha passou a ser “em prol” de uma justificativa civilizatória-democrática, combatendo o radicalismo religioso islâmico, personificado nos denominados terroristas. Assim foi na invasão do Afeganistão e do Iraque, e nas relações mundiais com o Irã. Porém, um segundo front de luta vem surgindo, deste a eleição de Hugo Chaves na Venezuela. Assumindo o poder no final da década de 90 do século passado, Chaves iniciou uma política de independência econômica, pautada na nacionalização da exploração do petróleo, convertendo os petrodollares em ações sociais e na reorganização das forças armadas venezuelanas. Passou a atuar também, no combate a grande mídia venezuelana, restringindo a atuação de redes de comunicação comprometidas com o capital estrangeiro que formavam a opinião pública de forma viciada e tendenciosa. Reconhecido como líder regional, Chaves passou a financiar campanhas políticas na região andina, exportando sua tese de nação a Bolívia, com Evo Morales, e ao Equador, com Rafael Correa. Por coincidência, ou não, no mesmo período, na América Latina, outras nações elegeram governos politicamente alinhados com a esquerda, assim como Chaves, como o Brasil de Lula e a Argentina dos Kirchners, compondo um bloco independente politicamente na região.
Nos últimos anos, o governo de Honduras chefiado pelo presidente eleito democraticamente Zelaya, contratou uma firma norueguesa de prospecção petrolífera que ao terminar seu trabalho comprovou a existência de uma grande reserva de óleo em território hondurenho, que poderia trazer a autonomia econômica ao país. Até o ano de 2008 a exploração do subsolo em Honduras estava a cargo de empresas multinacionais, no entanto, o governo Zelaya propôs uma mudança constitucional, garantindo a posse de toda e qualquer riqueza encontrada no subsolo hondurenho era de propriedade da nação, assim como é no Brasil. por iniciativa do governo haveria nas eleições presidenciais desse ano uma urna extra, plebiscitária, onde o povo de Honduras decidiria pela convocação ou não de uma Assembléia Nacional Constituinte, que revisaria a Constituição do país, principalmente no tocante a exploração das riquezas naturais de seu país. Foi para combater essa iniciativa que a elite aristocrática hondurenha promoveu o golpe de estado em seu país.justificando sua atitude com a possível alteração constitucional que permitiria a reeleição presidencial, acusando Zelaya de querer se perpetuar no poder.
É interessante notar a atuação do governo norte-americano em relação ao conflito em Honduras. Inicialmente não se pronunciou, não condenou o golpe, mesmo sendo ele de caráter não democrático, contrariando o discurso da política internacional estadunidense e por fim, propondo a mediação ao governo da Costa Rica, que é fortemente influenciado pelo governo dos EUA. É interessante notar, que desde o fim da década passada o preço do petróleo no mercado internacional vem subindo bruscamente, o consumo do mesmo vem aumentando também, as reservas do óleo no EUA vem diminuindo, e desde então, com o governo Bush e agora Obama, as ações militares norte-americanas tem preferencialmente como alvo, regiões produtoras de petróleo, o Oriente Médio, a pretexto civilizatório e a região do Caribe, com a justificativa de combater o narcotráfico. Coincidência ou não, esse ano agora o Governo Obama acertou com o Governo Uribe, da Colômbia, a implementação de 7 bases militares americanas em solo colombiano, dessa forma, as forças armadas norte-americanas terão o poder de cobrir todo o território da América Latina com autonomia de vôo a partir das plataformas instaladas na Colômbia.
É preciso que os Governos latino-americanos se levantem contra o gole em Honduras, restitua o Governo Zelaya, garantindo ao povo de Honduras a posse sobre suas riquezas naturais e impeça a presença militar dos EUA em seus territórios, pois só assim, investindo os recursos oriundos das suas riquezas dentro da própria América Latina é que nossas nações conquistaram a completa hegemonia política e econômica. Enquanto aceitarmos calados a intromissão dos governos norte-americanos em nossa região, continuaremos vendendo bananas.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Nota do PT em repúdio ao golpe de Estado em Honduras.

Essa nota já foi publicada a um tempinho, mas só a vi hj e resolvi transcrevê-la aqui tb, extraída do site do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores.



"Orientação aos Petistas

O repúdio ao golpe em Honduras é generalizado

Já manifestaram-se o presidente da Assembléia da ONU e o secretário-geral da entidade, a Organização dos Estados Americanos, o Sistema de Integração Centroamericana, os países da Alba, o Grupo do Rio, a Unasur, a União Européia e os EUA. O governo brasileiro deixou claro que não conciliação possível com o golpismo.

Em Honduras, há um único governo e um único presidente: Manuel Zelaya. Todo o nosso apoio ao povo hondurenho, em luta pela democracia.

Hoje, 30 de junho, ocorreu em São Paulo o primeiro ato público contra o golpe em Honduras. Nova manifestação ocorrerá no dia 2 de julho, também em São Paulo, em atividade realizada pela Central de Movimentos Sociais e partidos políticos, entre os quais o PT.

A direção do PT orienta seus filiados, especialmente os parlamentares e demais figuras públicas, a ampliar a denúncia e as mobilizações de solidariedade. O golpismo militar, articulados com os interesses oligárquicos e seus apoiadores incrustrados no parlamento e na judiciário, não pode vencer. O povo latino-americano, assim como o povo brasileiro, não quer a volta ao passado.

Ricardo Berzoini, presidente nacional do PT

Valter Pomar, secretário de relações internacionais"