quarta-feira, 31 de março de 2010

A DIFÍCIL TRANSIÇÃO PAULISTA.


Gostaria de compartilhar com todos texto do Presidente do IPEA, Márcio Pochmann, sobre a involução ecônomica do Estado de São Paulo, desde à década de 90 do século passado, lembrando que passaram pelo Governo do Estado Quércia, Fleury (ambos do PMDB), Covas, Alckmin e Serra (ambos do PSDB). Essa reflexão nos faz, mais uma vez, pensar que o Estado de São Paulo precisa retomar o caminho certo, e eu acredito que esse caminho é a eleição do Senador Aloizio Mercadante ao Governo do Estado em 2010.


Quando se completa a primeira década do século 21, o Estado de São Paulo demonstra viver um de seus maiores desafios históricos, qual seja, o de continuar sendo a locomotiva econômica que dirige o país. Na perspectiva recente, isso parece estar comprometido diante de importantes sintomas de decadência antecipada.
Entre 1990 e 2005, por exemplo, o Estado paulista registrou o segundo pior desempenho em termos de dinamismo econômico nacional, somente superando o Rio de Janeiro, último colocado entre os desempenhos das 27 unidades da Federação.
Atualmente, o Estado paulista responde por menos de um terço da ocupação industrial nacional -na década de 1980, era responsável por mais de dois quintos dos postos de trabalho em manufatura.
Simultaneamente, concentra significativo contingente de desempregados, com abrigo de um quarto de toda mão de obra excedente do país -há três décadas registrava somente um quinto dos brasileiros sem trabalho.
Em consequência, percebe-se a perda de importância relativa no total da ocupação nacional, que decaiu de um quinto para um quarto na virada do século passado para o presente.
Se projetada no tempo, essa situação pode se tornar ainda mais grave, com São Paulo chegando a responder por menos de 20% da ocupação nacional, por um terço de todos os desempregados e apenas por um quinto do emprego industrial brasileiro no início da terceira década do século 21.
Essa trajetória pode ser perfeitamente revertida, uma vez que não há obstáculo econômico sem superação.
A resposta paulista, contudo, precisaria vir da montagem de uma estratégia inovadora e de longo prazo que não seja a mera repetição do passado.
Na visão da antiga oligarquia paulista, governar seria fundamentalmente abrir estradas, o que permitiria ocupar o novo espaço com o natural progresso econômico. Por muito tempo, o Estado pôde se privilegiar dos largos investimentos governamentais em infraestrutura, o que permitiu transitar das grandes fazendas produtoras e exportadoras de café no século 19 para o imenso e diversificado complexo industrial do século 20.
Em apenas duas décadas, o Estado paulista rebaixou a concentração de quase dois terços de sua mão de obra no setor primário para menos de um terço, dando lugar ao rápido crescimento do seu proletariado industrial.
Com isso, a ocupação em manufatura convergiu para São Paulo, passando a representar 40% de todos os empregos industriais do país na década de 1960, contra um quarto em 1940.
Em virtude disso, o protagonismo paulista reverberou nacionalmente por meio do ideário de que seria a locomotiva a liderar economicamente o Brasil grande. Tanto que não era incomum à época que as lideranças de outros Estados sonhassem com a possibilidade de repetir o caminho paulista. O principal exemplo se deu com a implantação de uma “mini-São Paulo” no meio da Floresta Amazônica, por intermédio da exitosa implantação da Zona Franca de Manaus.
Para as décadas vindouras, o futuro tende a exigir a ampliação predominante do trabalho imaterial, cujo principal ativo é o conhecimento.
Não significa dizer que as bases do trabalho material (agropecuária e indústria) deixem de ser importantes, pois é estratégico o fortalecimento das novas fontes a protagonizar o dinamismo econômico do século 21.
Se houver força política nesse sentido, o Estado de São Paulo poderá transitar para a continuidade da condição de liderança econômica da nação, passando a responder por 40% do total do trabalho imaterial do país.
Os esforços de transformação são inegáveis, pois, além da necessária oxigenação de suas instituições, os próximos governos precisariam inverter suas prioridades, com a adoção, por exemplo, de um gigantesco e revolucionário sistema educacional que assegure as condições necessárias do acesso de todos ao ensino, do básico ao superior, ademais da educação para a vida toda e com qualidade.
Na sociedade do conhecimento em construção, a liderança econômica não surgirá da reprodução de sistemas de ensino comprometidos com o passado, tampouco de relações governamentais com profissionais da educação compatíveis com o século 19.
Ainda há tempo para mudanças contemporâneas, sobretudo quando a política pública é capaz de romper com o governo das ideias ultrapassadas. Sem isso, o fantasma da decadência reaparece, fazendo relembrar as fases de liderança econômica de Pernambuco durante a colônia e do Rio de Janeiro no império.

MARCIO POCHMANN, 47, economista, é presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e professor licenciado do Instituto de Economia e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp. Foi secretário do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da Prefeitura de São Paulo (gestão Marta Suplicy).

sábado, 27 de março de 2010

SERRA E SUA FORMA DE TRATAR A EDUCAÇÃO PÚBLICA.


Não é de hoje que o Governador José Serra vem mostrando qual o caráter da sua Administração e como ele trata a Educação em nosso Estado. Já no primeiro ano de seu mandato como Governador - que nem deveria ter ocorrido, já que ele prometeu em campanha para Prefeito em 2004 que não abandonaria a Prefeitura antes do término do mandato em 2008 – em 2007, ele nos deu um aperitivo do que seria capaz.
Em agosto de 2007, um movimento denominado “Jornada Nacional em Defesa da Educação Pública”, promovido por diversas entidades estudantis (UNE entre elas) e movimentos sociais (MST e Educafro entre eles) ocupou o Prédio da Faculdade de Direito da USP, com o intuito de reivindicar melhorias na Educação Pública em nosso país. As entidades estudantis manifestavam-se em defesa da ampliação da Assistência Estudantil (moradia, transporte, alimentação e trabalho, para estudantes de baixa renda). A ocupação tinha hora para começar e acabar, deveria ser 24 horas de ocupação e, então, os manifestantes deixariam o local. A direção da Faculdade foi comunicada da ocupação e havia aceitado o prazo da manifestação. Sem aviso prévio ou qualquer negociação, durante a madrugada a PM, com cerca de 120 policiais, da Tropa de Choque, Força Tática e Polícia Feminina, invadiu o prédio e violentamente evacuou o prédio, detendo cerca de 200 manifestantes. Um pequeno grupo resistiu à ocupação na sala do Centro Acadêmico, deixando o local na manhã seguinte após negociação. A manifestação tinha um caráter pacífico, pessoas que se encontravam dentro do prédio tinham livres acesso a rua, no momento que desejassem deixar o prédio, nada foi depredado, o protesto contava com a participação de artistas e políticos, como o músico Tom Zé.
Ainda em 2007, em manifestação contra a repressão interna nas Universidades Estaduais Paulistas (USP, UNESP e UNICAMP) e atos do Governador José Serra contra a autonomia universitária, conquista histórica do movimento pró-educação em nosso Estado, Professores, Funcionários e Estudantes das três Universidades decretaram greve. A reitoria da USP permaneceu ocupada por mais de 50 dias e em vários campi da UNESP ocorreram ocupações. Em Araraquara, estudantes de diversos cursos ocuparam a Diretoria da Faculdade como forma de forçar uma negociação, já que é postura do PSDB, de José Serra e dos Reitores indicados por eles não negociar com os trabalhadores e estudantes, por isso pipoca greves nos seus governos, não existe diálogo entre os tucanos e a sociedade. Cerca de 40 estudantes estavam ocupando a Diretoria da Faculdade, quando a Tropa de Choque da PM-SP, sem negociação prévia invadiu o prédio e violentamente desmobilizaram a pacífica manifestação no local.
Em 2009, a relação do Governador tucano José Serra e a sociedade, em especial a comunidade pró-educação em nosso Estado, atingiu u ponto que só as Ditaduras Militares conseguem atingir. Devido à intransigência do Governador e seus assessores, incluindo Secretários e Reitores, não existe um canal de diálogo e negociação entre a sociedade e o poder executivo estadual paulista.
Ainda ligado com a greve das Universidades Estaduais Paulistas de 2007, em 2009 manifestantes de Professores, Funcionários e Estudantes, reivindicavam a reintegração do funcionário Brandão, líder sindical dos Sintusp, que havia sido demitido do serviço público por participação nas manifestações pacíficas de 2007. Lembrando que a Constituição de 1988 garante como direito inalienável do trabalhador a manifestação grevista. Em passeata pacífica pela Cidade Universitária da USP, em São Paulo, a PM-SP, por ordem do Governador José Serra e da ex-reitora Suely Vilela, iniciou uma ofensiva contra os manifestantes que estavam “armados” de pétalas de rosas nas mãos, enquanto a PM atacava com balas de borracha, bombas de gás, cassetetes e sabe-se lá o que mais. As cenas que correram o mundo lembravam a ocupação dos campi universitários durante as Ditaduras Militares no Brasil e no Mundo. Os manifestantes foram agredidos gratuitamente pelos, então jagunços do Serra, a PM-SP. Enquanto as manifestações continuavam, a PM-SP permaneceu no interior da Cidade Universitária, com rondas intensivas e destacamentos se revezando no policiamento político dentro da Universidade, o direito a reunião foi na prática suspenso dentro da USP, já que a PM permanecia inibindo toda e qualquer ação política interna ao campus. Para lembrar, o Estatuto da Universidade define que o policiamento interno aos campi universitário deve ser feito pela Guarda Universitária, e as forças policiais do Estado e da Federação não devem intervir nos campi. A ação da ex-reitora Suely Vilela e do seu mandachuva Governador José Serra, foram de encontro ao estatuto da Universidade.
Chegamos a 2010, neste ano tão importante para o país. Desde 2008, a gestão Serra vem promovendo algumas mudanças na Educação Básica Estadual, sob orientação da Secretaria Estadual da Educação, que já trocou seu comando algumas vezes, e hoje está com o desastroso ex-Ministro da Educação, do governo FHC, Paulo Renato Souza. A proposta da administração, que está sendo empurrada goela a baixo pela tropa de choque do Governador na ALESP, desde que foi anunciada é rejeitada pelos trabalhadores da educação, já que segundo a intenção do Governador e de seus aliados, professores que estão na rede já há muitos anos perderiam seus empregos, a progressão de carreira é limitada a poucos professores por ano, cada um dos professores só terá direito a progressão na carreira depois de longos períodos sem evolução funcional e a progressão terá base no mérito da função e não na dedicação e tempo de serviço, entre outras iniciativas propostas pelo Governador Serra que os trabalhadores da educação pública estadual rejeitam.
Chamado para a negociação, o Governador e seu staff na Educação, recusam-se a receber os representantes dos trabalhadores da educação e para piorar a situação lançaram táticas para inibir a livre manifestação dos insatisfeitos. Professores e Funcionários contrários a administração tucana em São Paulo são alvo de perseguições nas escolas. Durante este ano, várias momentos de paralisação e discussão antecederam a Greve dos Professores, que se iniciou em 8 de março, sem conseguir um canal de negociação com o Governador e a Secretária de Educação, os professores decidiram pela greve, que ganho forte adesão em todo o Estado. A Secretaria Estadual da Educação vêm desde então, promovendo atos de perseguição contra os grevistas e simpatizantes, como a proibição às direções das escolas de divulgarem qualquer informação sobre a Greve nas suas unidades – impedindo o direito da população à informação.
Na terceira semana de greve, professores foram presos na Grande São Paulo, em manifestação pacífica em ato organizado pelo Governador Serra, então a categoria convocou todos os professores para a Assembléia Estadual em frente ao Palácio dos Bandeirantes, para decidirem sobre a continuidade ou não da greve e para mostrar a indignação de todos com a arbitrária prisão dos seus pares. Em atitude repressiva, a Polícia Rodoviária Estadual passou a impedir que os ônibus dos professores vindos do interior do Estado chegassem à capital, em mais um ato do Governador José Serra e do PSDB contra a livre organização da sociedade, além disso, a Polícia Militar do Estado de SP, que por todas as suas ações durante a Gestão Serra, devemos passar a chamar de “Capangas e Jagunços” do Serra bloqueou o acesso ao Palácio dos Bandeirantes, com barricadas de concreto e cordão de isolamento feito por policiais, não foi o acesso ao portão do Palácio, e sim aos arredores do Palácio. Em ato covarde, o Governador, o Secretário Estadual da Educação e o Secretário Estadual da Casa Civil fugiram para o interior do Estado, deixando assessores de escalão inferior para dizer aos grevistas que o Estado não abriria o canal de negociação, porque o próprio Governador não pegou os microfones da mídia vendida e anunciou ele mesmo que não negociaria com os trabalhadores da educação? Para terminar o dia, a PM – jagunça do governador passou a agredir os professores em greve, em uma batalha tão lamentável quanto à da USP no ano passado.
Não podemos aceitar mais em São Paulo governos do PSDB e seus aliados, são quase 16 anos de trevas, onde a violência contra o cidadão só aumenta, tanto por parte de bandidos comuns, como por parte de bandidos fardados em nome de quem se refugia nos gabinetes do Morumbi. Chega! Não podemos mais conviver com essa desmoralização da educação pública em nosso Estado, onde o Governo Serra e do PSDB não aceita dialogar com os Professores, Funcionários e Estudantes, que se indignam ao ver o sucateamento da Educação Estadual. Não são só os trabalhadores da educação que estão em estado de greve, os trabalhadores da saúde e os policiais civis estão mobilizados também nestes dias. Isso nos faz lembrar a selvageria que foi o confronto entre as polícias em frente ao Palácio dos Bandeirantes, o Governador Serra conseguiu colocar polícia contra polícia em nosso Estado.
Temos que lembrar que ao final desta semana esse ser deixa o Governo do Estado, mas não por que a sociedade o retirou de lá ou acaba o seu mandato, para o qual a sociedade conservadora paulista o elegeu, mas sim porque ele tem um projeto, mais do que partidário, pessoal de poder, desde o fim do Governo FHC ele deseja vorazmente a Presidência da República, com uma mesquinhez e uma arrogância só vistas nos Imperadores e Monarcas Absolutistas. Passou por cima de muitos aliados, Roseana Sarney, Geraldo Alckmin, Aécio Neves entre outros. Essa sexta-feira, 26 de março, vai ficar como um bota fora do Governo autoritário de José Serra frente ao Estado de São Paulo, onde ele potencializou toda a política retrógrada defendida pelo PSDB e Democratas (PFL)
Chega, não podemos deixar o Medo vencer a Esperança no Brasil em 2010!
Chega, São Paulo precisa retomar o caminho certo, assim como o Brasil o fez em 2002.

quinta-feira, 25 de março de 2010

A IMPORTÂNCIA DA INTERNET E DAS REDES SOCIAIS NAS ELEIÇÕES DE 2010.


A Política está distinta da Sociedade e da Economia? Não, é impossível separarmos esses aspectos da vida, tudo está interligado, imbricado. A nossa sociedade passa por uma nova fase da Globalização que vem sucedendo as primeiras revoluções industriais e até mesmo a revolução da informática (ou 3ª revolução industrial), que a Revolução das Mídias Sociais. Nossas relações com as outras pessoas, com o Estado e com as Empresas, estão cada vez mais pautadas nas relações virtuais. E a Política caminha cada vez para esse patamar de comunicação também.
Pesquisado Instituto DataSenado de setembro de 2009 perguntou aas pessoas o seguinte: “Qual meio de comunicação você mais usa para se informar sobre política?”
A Televisão ainda prevalece no Brasil, com 67% das respostas, a Internet aparece em segundo lugar com 19% das respostas, mas com tendência de crescimento a cada ano.

A segunda pergunta foi à seguinte: “Qual a importância da Internet nas eleições de 2010?”

59% das pessoas responderam que é ALTA, 32% MÉDIA e 9% BAIXA.

O Instituto Vox Populi perguntou algo semelhante aos eleitores usuários de Internet, 36% usam a rede mundial de computadores para se informarem sobre política.
Todos esses dados só nos mostram o quão importante será o uso da Internet e das Redes Sociais nestas eleições e nas próximas. Para 2010, a mobilização e a inserção dos eleitores nos debates de programas políticos se darão em larga escala pelas Redes Sociais, como Twitter, Orkut, Facebook, Blogs, entre outras. Teremos, também, uma disputa entre o Web Marketing oficial, dos partidos e candidatos e a presença digital dos militantes, que ocupam as redes desde a pré-campanha. Superior Tribunal Eleitoral e a Câmara dos Deputados promoveram a liberação da Internet durante a campanha eleitoral, para divulgar propostas, pedir votos e até arrecadar fundos para a campanha. Novidades essas, que foram fundamentais na eleição do Presidente Barack Obama, dos EUA, no ano de 2008, que vem influenciando muito os políticos e partidos e no Brasil para 2010.
Internet é hoje uma plataforma que permite o debate democrático entre os seus “freqüentadores”, e a Presença Digital passou a ser indispensável para os pretendes a ocupar os cargos eletivos a partir de 2011. O Twitter é, com certeza, a rede social que mais atrai os políticos no Brasil, a boa utilização das redes, por esse grupo, acontece quando eles conseguem criar um canal de diálogo com os outros membros da rede, quando passam a responder os RTs e DMs, do Twitter, por exemplo, interagindo com as pessoas e participando do dia-a-dia da rede.
As várias Redes Sociais existentes podem ter funcionalidades específicas para as eleições de 2010, o Orkut pode ser usado para campanhas específicas e temáticas, já o Twitter é excelente para compartilhar notícias e idéias, já os Blogs, são ótimos para se apresentar propostas e programas.
Hoje é indispensável para o sucesso nas urnas essa inserção digital, cada pessoa dentro de suas redes multiplica a inserção de seus candidatos no eleitorado, assim como todas as mídias tem de ser usadas com cautela, no entanto, se bem usadas são uma ferramenta poderosa de campanha.





terça-feira, 23 de março de 2010

GOVERNO LULA IMPULSIONA GERAÇÃO DE EMPREGOS NO ESTADO DE SP.

O número de empregos criados no estado de São Paulo nestes últimos três anos com apoio do Governo Federal é quase o triplo do gerado no segundo mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso, mesmo com a grave crise econômica mundial de 2008 e 2009. O patrocínio e o impulso do Governo Lula ao processo de crescimento econômico foi fundamental para que se atingisse esse número. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho.
A economia paulista gerou nos últimos três anos 1.414.719 empregos, enquanto nos quatro anos do segundo mandato do Governo FHC foram criados 513.965 empregos. A expectativa é de que neste ano de 2010 a geração de empregos continua nos patamares dos últimos anos, segundo o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o ano de 2010 tende a ser o melhor ano na geração de empregos na história do Brasil. Essa afirmação é fundamentada nos dados a serem finalizados ainda pelo CAGED, que apontam que Fevereiro de 2010 foi o melhor dos fevereiros desde a adoção deste índice.
Desde o primeiro mandato do Presidente Lula mais de três milhões de postos de trabalho foram criados no Estado de São Paulo, dado que comprava a preocupação do Governo Federal com nosso Estado.

domingo, 21 de março de 2010

OS JOVENS NA REFORMA POLÍTICA.

Gostaria de compartilhar com vocês, a segunda parte do artigo do companheiro Leopoldo Vieira, que é consultor para o desenvolvimento de políticas públicas de juventude, autor de A Juventude e a Revolução Democrática e editor do blog Juventude em Pauta!Este artigo foi publicado originalmente no site do Zé Dirceu, na seção Colunistas.


O parlamento nacional é a representação do conjunto da sociedade. A população de 15 a 29 anos hoje no Brasil é de 50 milhões de jovens, correspondente a 26% do povo brasileiro, porém no Congresso Nacional há somente 2% de jovens deputados federais, sem contar o Senado, que tem uma barreira absurda de 35 anos para poder exercer o mandato. Por outro lado, do ponto de vista até quantitativo, o número de jovens que participa da vida política é muito maior atualmente do que comparado às gerações anteriores.
Conforme bem lembrou o Secretário Nacional Adjunto de Juventude do Governo Federal, Danilo Moreira, quando de sua posse como novo presidente do Conjuve, "se você observar nossa Conferência Nacional foram 400 mil participantes no processo (...) hoje felizmente o movimento de juventude não é sinônimo de movimento estudantil". Os jovens atuam e se organizam em torno do meio ambiente, gênero, diversidade sexual, mundo do trabalho urbano e rural, educação etc, tanto em termos gerais quanto específicos.
Também, a título de exemplo, foi sensacional a movimentação da juventude no Senado (uma blitz!) em prol da votação da PEC que inclui o termo jovem na Constituição. Ela já foi aprovada, por unanimidade, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Essa geração, portanto, reúne uma quantidade espetacular de dirigentes em todos os níveis que sabem o que querem e fazem política bem feita: com grau de maturidade e habilidade, operando em alto nível e conseguindo influenciar diretamente sobre o Estado.
Na realidade, o que existe é exclusão política da juventude que precisa ser corrigida, logo, esses questionamentos são absolutamente pertinentes para os jovens filiados a partidos e com pretensões eleitorais, o que não é nenhuma preocupação de "burocratas", pois refere-se aos quadros que dirigirão a política nos próximos anos nos municípios, estados e em âmbito federal.
A juventude politizada quer contribuir sim com o debate da reforma política, porque será diretamente abarcada por ela. O voto em lista e o financiamento público facilitariam candidaturas de muitos jovens. Mas em que lugar da lista a juventude entraria? Na ponta de cima ou abaixo? Geralmente os jovens têm uma vida partidária ativa, mas isso não garante a entrada na lista.
Nesse sentido, é pertinente a proposta do presidente da Frente Parlamentar da Juventude da Câmara, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), de sugerir que os partidos políticos sejam obrigados a reservar pelo menos 10% das suas vagas para cargos eletivos aos candidatos com idade entre 18 e 29 anos.
Não podemos garantir que um político jovem terá compromisso com programas ligados à juventude, mas pelo menos haverá uma pluralidade maior, pois a medida poderia forçar os partidos a renovar seus quadros e a reverter o "baixo interesse" dos jovens pela política, além da renovação que tem que ser estimulada e iniciada.

Claro que só isso não resolve a questão da "oxigenação de ideias", até porque inúmeras pesquisas recentes revelam que a juventude em geral defende pontos de vista similares a de seus pais, especialmente em questões polêmicas como drogas e aborto. Mas há que se lembrar que, para este caso, o público preferencial é o jovem político, engajado e atuante na organização juvenil do partido e que já possui larga experiência, por estarmos há 25 na democracia e pelo advento das PPJs (Políticas Públicas de Juventudes) em captação de recursos, conhecimento da administração pública, gestão dela, relação com parlamentares e negociação política, além do acúmulo trazido dos movimentos sociais.
Portanto, a juventude é portadora sim de um certo teste mínimo para exercer funções públicas e está repleta de ideias e propostas. No mesmo horizonte, não é exclusivamente uma questão de renovação, uma preocupação da política geral. O peso, ainda ínfimo, da juventude em cargos eletivos está crescendo e temos vários políticos jovens fazendo política. Mas, outra questão nodal é que, como lembra a deputada Manuela D'Ávila (PC do B/RS), o erro deles está em deixar de "ser jovem".
Isso implica construir canais cada vez mais sofisticados para que as bandeiras sociais da juventude se convertam em questão de Estado, em institucionalização, em políticas públicas, para começarmos a resolver na raiz, a condição social injusta do Brasil. Para isso as cotas viriam muito a calhar: com parlamentares sensíveis avançamos, com parlamentares jovens, faremos História.

Para completar um arcabouço propositivo, destaco também o projeto levantado na recente Convenção Nacional da Juventude do PMDB de reservar, na forma da lei, claro, parte do fundo partidário, para as juventudes partidárias, para estimular as atividades dessas na formação de candidatos jovens. Um exemplo de atividade poderia ser a "Torne-se um deputado", feito pela juventude dos Democratas.

quinta-feira, 18 de março de 2010

DILMA CRESCE 13% DE DEZEMBRO À MARÇO EM PESQUISA CNI – IBOPE.


Pesquisa divulgada na quarta-feira, 17 de março, aponta forte crescimento da pré-candidatura da Ministra Dilma Rousseff a Presidência da República. Além das intenções de voto nos pré-candidatos a Presidência, a pesquisa mediu a avaliação popular do governo do Presidente Lula. Os principais resultados foram a avaliação positiva recorde, do governo do Presidente Lula, que atingiu 75% e o elevado índice de confiança da população em nosso presidente, que ficou em 77%. Quanto à pesquisa eleitoral, vale ressaltar que as intenções de voto na Ministra Dilma, pré-candidata do PT e do Presidente Lula, subiram 13% desde dezembro de 2009, derrubando a diferença entre ela e o Governador de São Paulo, pré-candidato do PSDB, José Serrra, de 21% para 5%. Outros resultados importantes são, o índice de entrevistados que declararam votar no candidato apoiado pelo Presidente Lula, que atinge 53%, e o desconhecimento pela população, de que é a Ministra Dilma, a pré-candidata do Presidente Lula, que está em 42%. Esse índice mostra que a pré-candidatura da Ministra Dilma tem ainda muito a crescer, na medida em que as pessoas tomarem conhecimento do apoio dado pelo Presidente Lula a sua candidatura. Vale dizer, também, que em pesquisa espontânea, ou seja, onde o entrevistador não indica quem são os pré-candidatos, 20% dos entrevistados dizem querer votar no Presidente Lula, enquanto a Ministra Dilma atinge 14%, o Governador Serra 10%, Aécio Neves 3%, Ciro Gomes e Marina Silva 1%, enquanto branco e nulo 7%. Não souberam dizer 42% dos entrevistados.
Nas pesquisas estimuladas, onde os entrevistados têm a disposição o nome dos pré-candidatos, o cenário mais significativo, oferecia quatro nomes: A o Dilma Rousseff, do PT, o Governador José Serra, do PSDB, o Deputado Federal Ciro Gomes, do PSB e a Senadora Marina Silva, do PV.

SERRA caiu de 38% em dezembro de 2009 para 35% em março de 2010;
DILMA cresceu de 17% em dezembro de 2009 para 30% em março de 2010;
CIRO caiu de 13% em dezembro de 2009 para 11% em março de 2010;
Marina manteve-se em 6% de dezembro de 2009 para março de 2010;
Brancos e Nulos cairam de 13% em dezembro de 2009 para 10% em março de 2010;
Não souberam ou não responderam passou de 12% em dezembro de 2009 para 8% em março de 2010.

CONJUVE LANÇA CAMPANHA NO TWITTER PELA APROVAÇÃO DA PEC DA JUVENTUDE

Material institucional extraído do Portal da Juventude sobre a campanha pela aprovação da PEC da Juventude, eu já começei a twittar para os senadores de minha lista.

O Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) lançou uma campanha no twitter pela aprovação da PEC da Juventude. O objetivo é que o maior número possível de twitteiros postem mensagens nos perfis dos senadores de seus estados em prol da PEC. Por meio do endereço http://twitter.com/senadoresdobrasil , os internautas tem acesso ao perfil na rede social de todos os parlamentares que tem o hábito de twittar.
O presidente do Conjuve, Danilo Moreira, informou que a aprovação desta matéria significa o fortalecimento das políticas públicas de juventude como um compromisso do Estado brasileiro não apenas de governantes. Para que isto seja possível, um dos caminhos é o contato com os senadores via eleitores dos seus respectivos estados.
“Iniciamos uma nova etapa em nossa campanha pela PEC da Juventude. O nosso objetivo é demonstrar a enorme expectativa que existe no Brasil inteiro com relação a sua aprovação, sem falar que 2010 foi declarado pela ONU como o Ano Internacional da Juventude”, informou Moreira.
O Twitter foi escolhido para a campanha por se tratar de uma das comunidades virtuais que mais cresce no Brasil e no mundo. “Dado o dinamismo e a rapidez que as informações circulam nesta ferramenta esperamos mobilizar uma vasta rede em prol da PEC”, comentou o presidente do Conjuve
A diretora de relações institucionais da UNE e integrante da Comissão de Parlamento do Conjuve, Marcela Rodrigues, disse que a campanha é de extrema importância, pois a PEC é um Marco Legal que dá base para a implantação de todas as políticas públicas de juventude no Brasil.
Ela acrescentou que o momento é propício para a aprovação desta proposta, pois a mesma já foi votada por unanimidade em todas as comissões, falta apenas prioridade na votação pelo plenário do Senado. “Temos que fazer uma pressão nos nossos senadores para que a pauta seja desobstruída e a PEC seja logo aprovada. O twitter a nosso ver é uma ferramenta excelente para reforçar esta mobilização”, afirmou.
A aprovação da PEC da Juventude é uma das principais bandeiras do Conjuve para este ano. Após a solenidade de posse dos novos conselheiros, durante o “2º Encontro Nacional de Conselhos de Juventude”, no dia (10/03), representantes de todo o país lotaram as galerias do Senado em um ato pela aprovação da PEC. Segundo o integrante da juventude do PT e coordenador da Comissão de Parlamento do Conjuve, Murilo Amatneeks, o ato foi uma demonstração da força e capiliradade que a rede de conselhos de juventude tem em todo país.
"Em conjunto com os conselheiros de todo o país, conseguimos dar um novo gás para essa construção, comprometendo um conjunto de senadores na aprovação imediata do projeto. Com a campanha no twitter, estamos dando continuidade a este processo que, ao mesmo tempo, é de pressão aos senadores e de mobilização da juventude.", comentou Amatneeks.
O presidente do Conjuve foi recebido pelo presidente do Senado Federal, o senador José Sarney (PMDB/AP). Danilo Moreira relembrou ao presidente Sarney que faz um ano que a PEC foi votada e aprovada por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça e desde então aguarda a votação pelo plenário do Senado Federal.
A PEC da Juventude (042/2008) regulamenta a proteção dos direitos econômicos, sociais e culturais da juventude brasileira, inserindo o termo “jovem” no Capítulo VII da Constituição Federal, que trata dos Direitos e Garantias Fundamentais, a exemplo do que já ocorre com as crianças, adolescentes e idosos.
Dicas para participar da campanha:

1. Poste esta notícia no site da sua instituição, organização, movimento ou mesmo no seu blog pessoal.

2. Procure o perfil dos Senadores do seu Estado em www.twitter.com/senadoresbrasil (veja link "following" ou "seguidos")

3. Se quiser envie mensagens para senadores de outros Estados também.

4. Envie uma mensagem solicitando a rápida votação do PEC 42/2008

5. Nesta mensagem informe sua cidade, estado e organização

6. Inclua no final da mensagem a tag: #pecdajuventude (é a forma para acompanharmos da repercussão da campanha)

7. Seja objetivo, o twitter não permite mensagens acima de 140 caracteres

8. Aproveite a campanha e passe a seguir o Conjuve no twitter www.twitter.com/conjuve

Exemplo:

Caro @senadorjuca sou do Conselho Municipal de Juventude, Boa Vista-RR e peço seu apoio para rápida aprovação da PEC 42/2008 #pecdajuventude

terça-feira, 16 de março de 2010

MAGISTÉRIO PAULISTA HUMILHADO


Texto do Prfessor Newton Lima sobre a situação da Educação no Estado de SP.

Os 16 anos de PSDB no governo do Estado guardam profunda similitude e vínculo com os oito desastrados anos de FHC à frente dos destinos da nação. O pano de fundo dessa retrógrada obra é ideológica: a paixão pelo neoliberalismo. Por conta do ideário do Estado mínimo e do mercado máximo, imposto pelo imperialismo americano e sumarizado no Consenso de Washington, os tucanos promoveram a privatização de empresas estatais estratégicas com financiamento público, a estagnação da economia, o desequilíbrio fiscal, o extermínio de postos de trabalho, o desmonte do serviço público e o descaso com as políticas sociais.
A exemplo do Brasil até 2002, São Paulo andou para trás. Dentre as várias marchas a ré experimentadas pela “locomotiva da nação” nesse triste e longo ciclo do tucanato, certamente o mais perverso e danoso é o que foi feito com a educação e toda uma geração de jovens.
Não é necessário desenvolver nenhum raciocínio mais elaborado para provar essa afirmação. Os resultados dos exames de avaliação do desempenho escolar das crianças e jovens paulistas, o elevado índice de reprovação dos docentes temporários (que respondem por 40% da rede) e o fato de que 13% dos adolescentes que concluem o ensino fundamental são analfabetos funcionais, escancaram a falência do ensino público oferecido pelos tucanos aos nossos filhos.E a culpa, segundo o ex e atual secretário de educação do governo Serra, Paulo Renato Souza, é do despreparo dos professores e não da política educacional do PSDB. É lamentável ver homens públicos empurrarem para suas vítimas a responsabilidade por suas fracassadas ações. Seria mais decente reconhecer os equívocos cometidos por ele, como Ministro da Educação de FHC e um dos principais formuladores tucanos da área, a saber: a) proliferação indiscriminada, conforme receita do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), de faculdades privadas de licenciatura; b) rebaixamento salarial progressivo da categoria; c) escassez de programas de avaliação e educação continuada aos nossos mestres; d) precarização do trabalho com congelamento dos concursos públicos; e) promoção automática dos alunos; f) insuficiência de bibliotecas, laboratórios, computadores e multimídia; g) substituição de aumentos reais para todos por concessão de bônus para uma fração do corpo docente; dentre outros.
Por tudo isso, os professores da rede estadual estão mais uma vez em greve, “pela dignidade do magistério e pela qualidade da educação”. E na tarde da última sexta-feira (12) fizeram uma passeata com cerca de 40 mil pessoas na avenida Paulista para chamar a atenção dos pais dos alunos e da sociedade em geral sobre a precariedade das condições de trabalho e da educação paulista. Segundo a APEOESP, “Este governo gasta milhões em propagandas no rádio e na TV para apresentar mentiras à população. Onde estão as escolas com dois professores? Onde estão os laboratórios de informática abertos nos finais de semana com monitores? Temos que dar uma resposta à altura, chamando os pais de alunos para conhecer nossas escolas, para que possam comparar com a ‘escola de mentirinha’ que Serra mostra na televisão”.
Cabe ao governador Serra fazer mea culpa de todos os erros que vêm sendo progressivamente cometidos contra a educação no estado de São Paulo e abrir diálogo franco com os mestres para superação urgente dessa triste realidade, sob pena de mais e mais crianças e jovens serem vítimas do estelionato educacional do PSDB.

Newton Lima, é Engenheiro Químico, foi reitor da Universidade Federal de São Carlos, a UFSCar (1992/1996), foi prefeito municipal de São Carlos por duas gestões consecutivas (2001/2008) e coordenador geral do programa do Governo Federal-Campanha 2002 Lula nas áreas de Educação, Ciência e Tecnologia. Atualmente é presidente do PT de São Carlos.

sábado, 13 de março de 2010

A REFORMA POLÍTICA QUE O BRASIL QUER E A JUVENTUDE PRECISA.

Gostaria de compartilhar com vocês artigo do companheiro Leopoldo Vieira, que é consultor para o desenvolvimento de políticas públicas de juventude, autor de A Juventude e a Revolução Democrática e editor do blog Juventude em Pauta!Este artigo foi publicado originalmente no site do Zé Dirceu, na seção Colunistas.

A Câmara dos Deputados, através do seu colégio de líderes, tem a obrigação de retomar a pauta da reforma política, causa central para a juventude do Brasil tomar para si. Construir um regime democrático foi a grande contribuição das gerações anteriores. A da atual geração é aprimorar este regime para torná-lo produtor de uma nação de iguais e economicamente próspera. Além disso, temos 30% da nossa população composta por pessoas entre 15 a 29 anos, um bônus demográfico que, somado à transversalidade das demandas juvenis entre as áreas da administração pública e a manifestação peculiar das opressões de raça, gênero, deficiência física etc sob o guarda-chuva deste grupo social, tornam os jovens centrais e universais para um projeto de país que se possa levar a sério.
Em diversas entrevistas e artigos que escrevi recentemente por ocasião do meu livro A Juventude e a Revolução Democrática, tenho combatido um discurso em voga, manhosamente disseminado pela grande imprensa de que há no Brasil uma juventude avessa à política. Se é verdade que, por um lado, a maioria dos jovens pouco crê nos partidos e nas instituições republicanas, como o Congresso, por exemplo, é também verdadeiro que os jovens, segundo inúmeras pesquisas, acompanham o noticiário, o horário político e se organizam de múltiplas maneiras, principalmente em grupos culturais, religiosos e através de ONGs que praticam o voluntariado. Nesta última seara, a opção preferida é a causa ambiental.
O índice de pessoas na faixa etária de 15 a 29 anos que opta pelo engajamento partidário, nas frentes juvenis, não pode ser tomado como referencial, até porque é um tipo de organização que exige adesão a causas mais sofisticadas e níveis de entrega e disciplina que a própria condição juvenil brasileira impede, pois há a pressão pela procura de empregos, pelo trabalho precoce e pela conciliação difícil e desestimulada entre ocupação profissional e estudo. A própria exclusão educacional e o alto grau de pobreza da juventude são elementos limitadores. De modo geral, nem aqui e nem em outros países do mundo, a proporção entre população e filiação partidária é grande. Contudo, nota-se que as campanhas eleitorais, que no Brasil conseguem atingir um apelo de massas, quase no nível de torcidas, possuem grande contigente de jovens participantes, mesmo que seja conjugando trabalho e eleição ou, caso não, restrinja-se ao período de propaganda política.
Recentemente a MTV, ligada à Editora Abril, a mesma que publica a revista Veja, lançou a campanha dos "tomates", na qual desestimulava os jovens a votarem e a tirarem o primeiro título aos 16 anos. Segundo a infame publicidade, a opção para a juventude era atirar tomares nos políticos. Foi retumbantemente derrotada pelos números recordes de alistamento eleitoral. Então, evidentemente se trata de um mito. A juventude brasileira se organiza, é politizada e gosta de fazer política, o que não significa que isso seja sinônimo de discutí-la em todos os momentos: no bar, na balada etc. Essa é uma idéia deveras errônea de quem acha que ser politizado é saber de cor as datas comemorativas da Revolução Russa.
Mas, esses elementos de contraponto a este mito não respondem à desconfiança e até hostilidade que a maioria dos jovens possuem para com as instituições, parlamentares e partidos, ou seja, naquilo que é a política profissional. Se ela não é única forma de fazer política, na minha opinião é a mais importante, a que decide o jogo de forças entre as classes e grupos sociais e, logo, o problema crucial que precisamos enfrentar, pois a participação da sociedade e da juventude, embrião dos padrões societários, é fundamental numa democracia, caso não se queira que ela se converta num livre mercado de gerenciamento de negócios de meia dúzia de milionários.
Acredito que a explicação disso esteja na combinação entre a condição juvenil terrível marcada pelo signo "menos" e os sucessivos escândalos pautados na mídia que falam permanentemente em compra de votos, caixa 2, privilégios e como se a atividade política profissional, supostamente voltada a sustentar tais acontecimentos, fosse caracterizada por manobras escusas, expressas nas palavras devidamente criminalizadas como "acordos", "conchavos", "estratégias". No terreno fácil e fértil para a manutenção dos seus negócios, a mídia semeia as ideologias de que política é só para políticos (raciocínio “lógico”, pois quem quereria se meter nessa "lama"). Resultado: a juventude cujos sonhos esbarram na própria condição juvenil acredita que, por outro lado, os tais políticos nada fazem para sanar e possibilitar que seus projetos de vida se realizem e, ao invés disso, chafurdam-se neste pântano.
Ocorre que ao mostrar uma política apenas por essa ótica, sem apontar os avanços e compromissos que existem e se desenvolvem nas instituições democráticas, especialmente voltados aos jovens, tais como as dezenas de leis e políticas públicas, a grande imprensa erra, mas o que retrata não é exatamente mentira.
Vivemos em um sistema político-eleitoral onde as campanhas pessoais de milhares de candidatos são caríssimas. Por isso estes dependem de empresas e essas escolhem para financiar aqueles que assumem a defesa de seus interesses que, quase sempre, têm a ver com dividendos para seus negócios operados pelo homem público eventualmente vencedor. Os governos que se elegeram graças a esse tipo de financiamento perseguem possíveis financiadores de opositores, levando-os ao apoio clandestino, dada a impossibilidade se travar uma disputa "para vencer" com parcos recursos. E mais, esses mandatários têm relativa liberdade para decidir como se comportam sem muito se importar com idéias e causas a não ser que queiram, instigando-os ao compromisso não com suas consciências e sim com seus patrocinadores. Esse modelo só pode favorecer a corrupção, o patromonialismo, o clientelismo e a pouca preocupação com o voto consciente e programático.
Por isso, a reforma política que tenha como pontos-chave as listas partidárias fechadas, fidelidade partidária e financiamento público de campanha deve ser abraçada pelos movimentos, entidades e organizações juvenis como método para re-entusiasmar a juventude com a política propriamente dita, pois uma reforma nesse patamar fortalece a ação coletiva ideológica através dos partidos e abole o constrangimento que a propriedade privada impõe à democracia. O que encoraja o engajamento por grandes causas e projetos para o país e para a juventude brasileira, desburocratizando a esfera pública política e socializando sua atividade.
A disputa pelo apoio da juventude é fundamental não só para vencer essa guerra, mas para ganhá-la para a idéia de que a democracia é sim a viabilizadora dos seus sonhos através da conversão de suas bandeiras de luta em políticas públicas e direitos, e que este regime é estratégico para a realização dos seus sonhos. Ganhar essa disputa é central para nossa utopia de construir um Brasil desenvolvido com justiça social pelo investimento na atual geração de jovens. A juventude precisa saber disso, pois ao fazer política profissional na democracia, pautando as demandas do seu grupo social e demarcando legalmente as bandeiras da sociedade civil juvenil, ela é o ápice do que chamamos de protagonismo juvenil.

quarta-feira, 10 de março de 2010

PT REPUDIA FALSAS ACUSAÇÕES DO PIG

Leia abaixo nota divulgada nesta terça-feira (9) pelo presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra:
Nota do Partido dos Trabalhadores
É com perplexidade e absoluta indignação que o Partido dos Trabalhadores vem acompanhando a escalada de ataques mentirosos, infundados e caluniosos por parte de alguns órgãos da imprensa a partir de matéria sensacionalista publicada na última edição da revista Veja.
O mais absurdo desses ataques se deu hoje, terça-feira (9), quando o jornal O Estado de S.Paulo usou seu principal editorial para acusar o PT de ser “o partido da bandidagem” – extrapolando todos os limites da luta política e da civilidade sem qualquer elemento que sustente sua tese.
O PT tem uma incontestável história de lutas em defesa da democracia, da cidadania, da justiça e das liberdades civis. Nasceu dessas lutas, se consolidou a partir delas e, nos governos que conquistou, tem sido o principal promotor da idéia de um Brasil efetivamente para todos, com absoluto respeito às instituições democráticas, às regras do jogo político e ao direito fundamental à liberdade de opinião e expressão.
Para nós, a diversidade de opiniões é a essência não só da democracia, mas também do próprio PT. Devemos a essa característica, em grande parte, o sucesso de nosso projeto de país, cujo apoio majoritário da população se dá em oposição aos interesses da minoria que nos ataca.
Nem o PT nem a sociedade brasileira podem aceitar o baixo nível para o qual parte da mídia ameaça levar o embate político às vésperas de mais uma eleição presidencial. O Brasil não merece isso. A democracia não merece isso. A liberdade de imprensa, defendida pelo PT mais do que por qualquer outro partido, não merece que façam isso em nome dela.
O PT não entrará nesse jogo, no qual só ganham aqueles que têm pouco ou nenhum compromisso com a democracia. Mas buscará, pelas vias institucionais, a devida reparação judicial pelas infâmias perpetradas contra o partido e seus milhões de militantes nos últimos dias.
Acionaremos judicialmente o jornal o Estado de S.Paulo, pelo editorial desta terça, e a revista Veja, pela matéria que começou a circular no último sábado. Também representaremos no Conselho Nacional do Ministério Público contra o promotor José Carlos Blat, fonte primária de onde brotam as mentiras, as ilações, as acusações sem prova e o evidente interesse em usar a imprensa para se promover às custas de acusações desprovidas de qualquer base jurídica ou factual.
José Eduardo Dutra
Presidente Nacional do PT

MOVIMENTO NEGRO E O DEPUTADO RICARDO BERZOINI REUNEM-SE EM GUARATINGUETÁ NESTE SÁBADO.


Neste sábado, 13 de março, entidades do Movimento Negro de todo o estado de São Paulo reúnem-se em Guaratinguetá, na Câmara Municipal de Guaratinguetá, às 11 horas. O encontro é organizado pela Associação Amigos do FECONEZU (Festival Comunitário Negro Zumbi) e tem como anfitrião Dr. João Carlos, ex-vereador e vice-presidente do Diretório Municipal do PT. Participará como convidado do dia o Deputado Federal Ricardo Berzoini, do PT, que visita o Vale do Paraíba desde quinta-feira, 11 de março.
Está confirmada a participação de entidades das cidades de Campinas e São José dos Campos, e espera-se que outras cidades compareçam ao encontro. O anfitrião, Dr. João Carlos, convida a toda a população de Guaratinguetá, em especial, as pessoas ligadas ao Movimento Negro em nossa cidade para participarem do encontro.

CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A NOVA GRIPE

Iniciou-se na última segunda-feira, 8 de março, a campanha de vacinação contra o vírus Influenza H1N1. A campanha segue um calendário, que segmenta a vacinação.
• De 8 a 21 de março: profissionais que trabalham na área de saúde e a população indígena.
• De 22 de março a 2 de abril: gestantes, criança de 6 meses a menores de 2 anos e a população com doenças crônicas (cardíaca, respiratória, hepática, renal, sanguínea, diabete, imunodepressão ou grande obesidade).
• De 5 a 23 de abril: população entre 20 a 29 anos.
• 24 de abril a 7 de maio: idosos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas.
• 10 a 21 de maio: população entre 30 e 39 anos.
A vacinação acontecerá nos postos de saúdes e para ser vacinado deve-se comparecer aos locais de votação portando a caderneta nacional de vacinação. Além da vacinação, toda a população deve manter durante o período de maior probabilidade de propagação da doença medidas simples de higiene, como lavar as mãos várias vezes ao dia.

segunda-feira, 8 de março de 2010

A POLÍTICA E AS MULHERES

Texto da companheira Gleisi Hoffmann, do Paraná, sobre o Dia Internacional da Mulher.

Em todas as conversas que faço sobre direitos e participação das mulheres, em especial no espaço da política e do poder público, ouço a pergunta: “Se as mulheres são a metade do eleitorado, porque não elegem a metade dos cargos em disputa? Por que mulher não vota em mulher?”.
É uma pergunta simples e singela, mas que não tem uma resposta de mesma natureza. Aqui há muita complexidade.
O mundo da política demorou para aceitar as mulheres. Nós éramos tidas como incapazes de discernir, pensar e, logo, decidir através do voto até a década de 30. Nós éramos proibidas de votar. Isso faz menos de cem anos, o que é nada em relação à história. Nós não existíamos para esse mundo. Esse mundo não falava conosco, nem se dedicava a nós. Não tinha mensagens para as mulheres. Então as mulheres resolveram cuidar de outras coisas que lhes interessava e lhes dava respeito e valor, deixando a política de lado.
Para fazer com que o mundo da mulher e o da política convirjam, não será um processo fácil e rápido. De votar, a ser votada, há uma imensa distância. As dificuldades para termos candidatas são grandes. Por isso defendo e acredito que precisamos de ações positivas como as cotas de candidaturas, recursos para campanhas, formação política específica para as mulheres.
Defendo, aliás, que precisaríamos de um número de cargos legislativos reservados às mulheres, como no Congresso Argentino. Em relação à reforma política, o Partido dos Trabalhadores já deliberou sua posição: a formação da lista de candidatos deverá ser paritária para de fato dar oportunidade às mulheres de participação eleitoral nas mesmas condições.
Não se acaba com um processo milenar de discriminação de uma hora para outra. É preciso muita vontade e determinação. Eu acredito que as mulheres estão sentindo a necessidade de mudar e participar: mudar a política, mudar essa lógica de poder, excludente, personalista. Mas é uma coisa que está sendo feita aos poucos, com as condições mínimas que temos. Se tivermos incentivos iremos mais rápido.
Outro fator importante é termos mulheres ocupando cargos de destaque decorrentes do processo político. Vereadoras, deputadas, senadoras, prefeitas, governadora, presidenta da República. Isso serve de estímulo a outras mulheres, mostrando que temos capacidade de atuar nesse mundo tanto quanto atuamos na iniciativa privada, na esfera social.
Mas que uma ocupação de posições e cargos, vejo que as qualidades amorosas, compassivas e sustentadoras do lado feminino, farão diferença, serão essenciais para conduzir nossa sociedade por essas águas tão turbulentas. Precisamos de uma nova política, que busque a cooperação, a construção de consensos, que é a verdadeira essência da democracia. Penso ser esse o grande desafio das mulheres e do movimento que fazemos pela chegada ao poder. Fazer política para construir, agregar, valorizar e acima de tudo, estar no poder para servir.

*Gleisi Hoffmann é advogada e integrante do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores

sábado, 6 de março de 2010

ENCONTRO DE PREFEITOS E VICE-PREFEITOS DO PT

Na última sexta-feira, 5 de março, participei, na cidade de Votorantim, do Encontro de Prefeitos e Vice-Prefeitos do PT, organizado pela Secretaria de Assuntos Institucinais, do Diretório Estadual do PT. O evento contou com a presença de 31 prefeitos, 7 vice-prefeitos e lideranças petistas de todo o estado. O objetivo do encontro foi o debate sobre as Eleições de 2010 e uma apresentação do PAC II, feita por Mozart Sales, chefe de gabinete do Ministério das Relações Institucionais, a ser lançado no final do mês pelo Presidente Lula e pela Ministra Dilma Rousseff.
Fui ao Encontro atendendo convite da Vice-Prefeita Vera Saba, de Taubaté, e do Sub-Prefeito de Moreira Césat, Carlos José Ribeiro, o Carlinhos Casé.