sexta-feira, 14 de maio de 2010

O ESTADISTA GLOBAL E O AUTORITÁRIO LOCAL.


Reproduzo abaixo editorial do informativo do mandato do Deputado Estadual Roberto Felício, PT-SP. Texto esse que apresenta a oposição entre o projeto petista e tucano.

O Brasil, hoje, ocupa lugar de destaque na comunidade internacional, como resultado das políticas aplicadas nos últimos sete anos pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula foi escolhido em 2009, “Homem do Ano” pelo jornal francês Le Monde e “Estadista Global” pelo fórum econômico Mundial de Davos, além de receber homenagens semelhantes de outras publicações e comunidades em todo mundo.
Mais que os títulos e honrarias, que importa é que o papel do Brasil desempenha no cenário mundial repercute em maiores possibilidades de melhoria na vida do nosso povo, pois isto representa maior intercâmbio de bens e serviços com os principais países e liderança para organizar blocos de países na luta por mais equilíbrio entre as nações.
Apesar do cenário catastrófico que muitos setores da mídia e partidos de oposição desenhavam, saímos da crise financeira internacional com rapidez e fortalecidos. Sem se renderão discurso derrotista, o governo intensificou as políticas sociais (sobretudo o Bolsa Família) e implementou medidas para fortalecer a indústria nacional e incentivar o consumo interno (utilizando isenções fiscais e políticas de crédito) e, além disso, acelerou as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com novos investimentos que geraram milhares de empregos.
Com isto, superamos a crise e estamos com a economia em expansão, assegurando baixos índices de desemprego e crescimento nos níveis de remuneração dos trabalhadores. O salário mínimo, em dólar, é o maior da história. A meta do governo, em 2010, é gerar dois milhões de empregos com carteira assinada.
Para manter a economia aquecida e superar a crise, o governo da União (Federal) absorveu o maior impacto econômico, beneficiando os estados e municípios. Maior estado da Federação, onde se concentra parte considerável da atividade econômica do país, São Paulo foi extremamente favorecido por estas políticas, com uma queda de apenas 3% nas receitas do Estado. Entretanto, o governo de José Serra pouco ou nada fez para acompanhar o ritmo do país. Quando muito, anunciou com atraso algumas medidas, como destinar recursos da Nossa Caixa para incentivar a produção, quando o banco já havia sido vendido para o Banco do Brasil. Ou seja, foi um anúncio “para inglês ver”.
Enquanto o presidente Lula percorria o país para incentivar o povo brasileiro a superar a crise com trabalho e consumo, Serra e outros lideres do PSDB e seus aliados faziam reiterados pronunciamentos para alardear a gravidade da crise e tentar convencer a opinião pública de que o governo do PT seria incapaz de superá-la.
Apesar de ter suas finanças mantidas a salvo da crise graças às políticas do governo Lula, o PSDB em São Paulo não reverteu estes ganhos para a população, através de políticas sociais. Boa parte dos recursos do Estado são aplicados em propagandas no rádio, TVs, jornais e revistas, para dar visibilidade a obras que, pretendem os tucanos, possam reverter em votos para Serra, que vem caindo nas pesquisas de intenção de votos para Presidência da República.
As principais obras do governo Serra, como a expansão do Metrô e o Rodoanel, recebem verbas do governo federal, mas isto é omitido nas propagandas. São Paulo não tem política industrial, nem desenvolve estratégias de desenvolvimento econômico e social. Ao contrário, resiste à implementação dos programas federais que vão nesta direção, ao mesmo tempo que avança no bolso do cidadão, como no caso dos pedágios.
A proliferação de pedágios caríssimos em todo o Estado é uma política criminosa contra a economia popular. Os pedágios oneram não apenas cada paulista, individualmente, mas prejudica o conjunto da economia, tornando os produtos que por aqui transitam mais caros e, portanto, menos competitivos no mercado internacional.
José Serra, no governo de São Paulo, confirmou sua fama de autoritário e centralizador. Seus projetos foram enviados a Assembléia Legislativa em regime de urgência, e, além disto, usaram e abusaram do chamado “relator especial”, que substitui o debate nas comissões por um parecer redigido em gabinetes, sem discussão. Já no âmbito federal os projetos de lei resultam de processo de diálogo com os diversos segmentos sociais e passam por exaustivo processo legislativo, do qual o próprio governo é o principal incentivador.
A simples comparação entre as ações do governo Lula e do governo de José Serra mostram claramente duas concepções de Estado e duas perspectivas diferentes para nosso país. Refletindo sobre elas a sociedade poderá tomar as melhores decisões sobre o futuro.

Um grande abraço,
Roberto Felício.

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