terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Prefeitura apresenta novo plano de carreira para os professores municipais.

O poder executivo municipal de Guaratinguetá apresentou, em regime de urgência, na Câmara Municipal na terça-feira, 8 de dezembro, projeto estipulando novo Plano de Carreira para os professores da rede Municipal de Educação. Os professores aguardavam essa iniciativa já há algum tempo, no entanto, a forma como foi apresentado o plano não agradou os setores interessados com o projeto, os professores.
Primeiro, porque o executivo municipal enviou o projeto a Câmara dos Vereadores sem antes discuti-lo com o Conselho Municipal de Educação, que deveria ser o órgão consultivo da Prefeitura para as Políticas Públicas para a área da Educação em nossa cidade. Além disso, os professores não foram consultados sobre o plano, o normal nesses casos é a discussão do projeto do plano passar pelo sindicato da classe, no caso específico o Sindicato dos Servidores Municipais.
E mais, com o regime de urgência para a tramitação do projeto na Câmara dos Vereadores, os nossos legisladores tiveram de votar o projeto em apenas três dias, ou seja, já na sessão de quinta-feira, 10 de dezembro. O vereador Nei Carteiro tentou entrar com um pedido de adiamento da votação do projeto, no entanto, a maioria dos seus colegas foi contra a proposta de se adiar a votação. O vereador Nei Carteiro tentou ainda, sem sucesso, aprovar algumas emendas ao projeto, pois ao tomar conhecimento da urgência da sua votação, o vereador procurou o Conselho Municipal de Educação e alguns professores da cidade, solicitando auxílio na análise do projeto. As emendas apresentadas pelo vereador foram com sugestões desse grupo.
Mesmo com a presença de membros do Conselho Municipal de Educação e de professores da rede municipal de educação, os vereadores aprovaram o projeto sem as emendas sugeridas pelo Vereador Nei Carteiro. Votaram contra as emendas apresentadas os Vereadores Galvão Cesar, Lima da Farmácia, Marcio Almeida, Adilson Matias, Osmar Barbosa e Silvio Reis. Pelo adiamento da votação e a favor das emendas, além do Vereador Nei Carteiro, Vereador Arílson, Vereador Georges Nicolas e Vereador Rogério Barbosa.

sábado, 12 de dezembro de 2009

MÁQUINA DA VERDADE!

Por mto tempo tinha uma idéia que me parecia original e bem interessante. No dia em que estivesse muito bêbado gostaria de escrever tudo aquilo que estava pensando naquele momento de embriaguez. Isso para saber o que eu pensava mto louco! Além disso,estava numa fase de beber mto e de nao lembrar das coisas que fazia qdo isso acontecia. Bom, isso eu parei um pouo, estou bem moderado nos porres, bebendo bem pouco, e mto de vez em qdo, 1 vez por mês, 2 no máximo.
Hj estava lendo o blog do Mario Bortolotto, o dramaturgo que foi baleado em um bar da praça Roosvelt durante um assalto.
Conheci o Bortolotto na ápoca da faculdade, qdo fui ver algumas de suas peças, no Centro Cultural Vergueiro, durante mostra da sua companhia de teatro, Cemitério de Automóveis. Fiquei impressionado com o realismo das peças, mto legal, e virei um admirador do Bortolotto. Depois descobri o seu Blog, Atire no Dramaturgo, que leio com frequencia, inclusive está ae no favoritos do meu blog.
Voltando, ao ler o blog do Bortolotto, me deparei com um texto dele em que ele conta que ao chegar breaco em casa ele mandou um email, do qual no dia seguinte ele não lembrava de que tinha enviado, só se recordando ao abrir a caixa de email enviados e se deparar com a mensagem enviada. Felizmente para ele naquele dia ele disse que não se arrependeu das palavras ditas no email enviado.
Então lembrei de que eu tinha esse desejo de escrever tudo aquilo que eu estava pensando em um momento desses de embriagues. Até que um dia eu o fiz, e ese pudesse voltaria atrás no meu feito. Um dia mto bêbado, cheguei em casa e disse td que eu queria por mensagem de celular, no outro dia era só vergonha pelas coisas ditas. Tudo verdade, bêbado não sabe mentir, mas coisas que eu deveria tr dito de outra forma, em outra hora, sei lá, inconvenientes para aquele momento. mas como nao dá pra voltar atrás, fazer o que?
Desde de então, não penso mais nisso não, escrever o que estou pensando qdo estiver breaco jamais. A idéia original era escrever em algum lugar que só eu pudesse ver, em um papel, ou até no computador, tornar público não era a idéia, mas foi o que aconteceu. Loucura, mas foi.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

MOÇÃO DE APOIO A RECONDUÇÃO DO COMPANHEIRO SALVADOR SOARES AO CARGO DE COORDENADOR DA MACRO-REGIÃO VALE DO PARAÍBA.

Reproduzo abaixo moção de apoio à reeleição do Companheiro Salvador Soares ao cargo de coordenador da Macro. Lideranças do PT de mais de 20 cidades do Vale do Paraíba e da Juventude do PT já declararam apoio a recondução do companheiro Salvador Soares ao cargo de coordenador da Macro.

Companheiros e Companheiras,

Nos dias 12 e 13 de dezembro, serão escolhidas as novas coordenações das Macro-regiões petistas em todo o estado de São Paulo. Nós do Vale do Paraíba, também, vamos fazer nossa escolha no Encontro Regional da Macro, dia 12, na Câmara Municipal de Taubaté. Antes de decidirmos é importante lembrarmos algumas ações desta atual gestão da Macro.
Neste ano de 2009, tivemos a disposição um curso de Formação Política, que contou com 10 módulos mensais, que contou com a presença de diversas lideranças petistas do estado de São Paulo, e formou 42 alunos, das mais variadas cidades do Vale do Paraíba, de Jacareí a Arapeí. A secretaria Estadual de Formação considerou ousada a iniciativa de um curso com 10 módulos, mas foi levado até o fim, pela atual gestão da Macro, o propósito de levar a melhor formação para os petistas do Vale do Paraíba. E a formação política dos petistas não deve parar por aqui, a proposta é promover um novo curso em 2010, dando continuidade a essa formação.
Para ampliar o alcance da Macro, a região foi dividida em 9 micro-regiões facilitando a circulação das informações necessárias da Macro para os Diretórios Municipais; além disso foram levadas algumas reuniões da coordenação da Macro para fora de sua sede, cidades como Caçapava, Guaratinguetá e Ubatuba receberam essa reunião, proporcionando o acesso dos petistas dessas micro-regiões à reunião da coordenação da Macro. Além disso foi retomada a publicação do Jornal Informativo da Macro; foi colocado na rede mundial de computadores (Internet) um site, onde temos acesso a informações diversas sobre o PT e as atividades realizadas na região; foi disponibilizado o Planejamento Estratégico, onde um profissional colabora com os Diretórios Municipais na formulação de suas estratégias políticas para 2010 e 2012; Ainda foram disponibilizados aos Diretórios Municipais assessoria Jurídica e Contábil, o que contribuiu imensa para cada DM se preocupar somente em fazer política, tendo todo o respaldo técnico fornecido pela Macro Vale do Paraíba.
Além de disso, a Coordenação da Macro mostrou-se preocupada com a renovação das lideranças e quadros petistas no Vale do Paraíba, e apoiou a reorganização da Coordenação da Juventude Petista no Vale do Paraíba, com a realização de um Encontro onde foram eleitos a Coordenadora da JPT da Macro e a coordenação.
São por todas essas iniciativas que apoiamos a recondução do companheiro Salvador Soares ao cargo de coordenador da Macro-Região Vale do Paraíba, pois entendemos ser de fundamental importância para o Partido dos Trabalhadores no Vale do Paraíba a continuidade desse projeto de gestão.

COMPANHEIROS QUE ASSINAM A MOÇÃO.
ADILSON DA SILVA – PRESIDENTE REELEITO DO DM DE LAGOINHA.
ALFREDO JOSÉ BARRETO LUIZ – PRESIDENTE ELEITO DO DM DE CAÇAPAVA.
VEREADOR ALEXANDRO DIAS (PINGO) – PRESIDENTE DO DM DE APARECIDA.
ANA MARIA DE GOUVEA (TECA) – PRESIDENTE DO DM DE PIQUETE.
VEREADORA PROFA ANA PAULA BRITO DA COSTA – PRESIDENTE DO DM DE CAÇAPAVA.
ANTONIO APARECIDO DA SILVA (TONINHO DO CONDE) – PRESIDENTE REELEITO DO DM DE SÃO JOSÉ DO BARREIRO.
ANTONIO AUGUSTO CAMPOS SILVA – TESOUREIRO DO DM DE GUARATINGUETÁ
ANTONIO MARCOS DE ALMEIDA BENTO – PRESIDENTE ELEITO DO DM DE APARECIDA.
ARI ANTUNES HORTA – PRESIDENTE DO DM DE LORENA.
CARLOS ALBERTO COELHO – PRESIDENTE ELEITO DO DM DE LORENA.
VEREADOR CLAUDEMIR FERREIRA DA COSTA – PRESIDENTE ELEITO DO DM DE ARAPEÍ.
CLAUDIO GRASSIANO (NEGO DO PT) – PRESIDENTE ELEITO DO DM DE LAVRINHAS.
CLAUDIO QUERIDO – PRESIDENTE REELEITO DO DM DE CUNHA.
VEREADOR CHICÃO ROMEIRO – CACHOEIRA PAULISTA.
CRISTIANO CRISTOVAM DA SILVA – PRESIDENTE ELEITO DO DM DE PARAIBUNA.
DIEGO DE CASTRO GALDINO DIAS DE OLIVEIRA – JPT VALE DO PARAÍBA.
VEREADORA PROFA DULCE EDITH CUNHA VIEIRA VILELA – JAMBEIRO.
VEREADOR EDMUNDO ALVES DE OLIVEIRA – QUELUZ.
VEREADOR EDNILSON DEMÉTRIO – SANTO ANTONIO DO PINHAL.
EDUARDO SILVA DOS SANTOS – PRESIDENTE ELEITO DO DM DE CAMPOS DO JORDÃO.
ÉRICA SOLER SANTOS DE OLIVEIRA – PRESIDENTE ELEITA DO DM DE POTIM.
VEREADORA FABIANA SOLER DOS SANTOS – PRESIDENTE DO DM DE POTIM.
FÁTIMA MARIA GOUVEA JUNQUEIRA – PRESIDENTE ELEITA DO DM DE PIQUETE.
GERSON FLORINDO DE SOUZA – PRESIDENTE ELEITO DO DM DE UBATUBA.
GODOFREDO DE ALVARENGA – PRESIDENTE ELEITO DO DM DE CACHOEIRA PAULISTA.
JEAN FARIA DA SILVA – PT DE LAVRINHAS.
DR JOÃO CARLOS FRANÇA DE PAULA SANTOS – PRESIDENTE DO DM DE GUARATINGUETÁ.
JOÃO ROCHA – PRESIDENTE DO DM DE CARAGUATATUBA.
VEREADOR JORGE ALVES DE ARAÚJO (TATU DA AMBULÂNCIA) – LAVRINHAS.
JOSÉ ANSELMO TESTA TAMBELLINI – PRESIDENTE DO DM DE ILHA BELA.
VEREADOR JOSÉ ANTONNIO MARCONDES DA SILVA – SANTO ANTONIO DO PINHAL.
JOSÉ DE PAULA SANTOS – JPT VALE DO PARAÍBA.
PREFEITO JOSÉ AUGUSTO DE GUARNIERI PEREIRA – SANTO ANTONIO DO PINHAL.
MARIA APARECIDA DA COSTA – PRESIDENTE REELEITA DO DM DE AREIAS.
MAURICIO MORAMIZATO – PRESIDENTE DO DM DE UBATUBA.
VEREADOR MAURÍLIO SILVA (JACARÉ) – ARAPEÍ.
PROF NAPOLEÃO SERETTA NETO – PRESIDENTE ELEITO DE QUELUZ.
PAULO ANTONIO DOS SANTOS (PAULINHO) – PRESIDENTE DO DM DE ARAPEÍ.
VEREADORA REGINA ZAPPA – LAVRINHAS.
ROBSON REZENDE RIBEIRO – PRESIDENTE DO DM DE SANTO ANTONIO DO PINHAL.
ROGÉRIO RIBEIRO DE PAULA – PRESIDENTE REELEITO DO DM DE JAMBEIRO.
RUTNEI MORATO ERICA – PRESIDENTE DO DM DE QUELUZ.
SANDRO SILVANTO KAVINI – PRESIDENTE ELEITO DO DM DE TREMEMBÉ.
SILVANA CRISTINA TAGLIATI DE SOUZA – PRESIDENTE DO DM DE TREMEMBÉ.
SILVIA REZENDE (SILVINHA) – COORDENADORA DA JPT VALE DO PARAÍBA.
SIVANILDE NAVARRO KOGEMPA (SIL) – PRESIDENTE REELEITA DE PINDAMONHANGABA.
VICE-PREFEITA VERA SABA – TAUBATÉ.
VEREADOR VILMAR DA SILVA – PRESIDENTE REELEITO DO DM DE BANANAL.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

OS GRUPOS DA COPA DO MUNDO!


Foram sorteados os grupos da próxima Copa do Mundo, que acontecerá no ano que vem, na África do Sul. Apesar de o sorteio ser sempre dirigido, limitando que equipes do mesmo continente caiam no mesmo grupo, com exceção dos europeus, na minha opinião essa copa é a que apresenta uma divisão mais homogênea das equipes nas chaves. Em outras Copas tínhamos grupos com equipes fracas, e outros com uma concentração de boas equipas.
Porém isso não impede que nós apontemos os grupos mais complicados, e os mais fáceis. Além de cornetar o grupo do Brasil. Que aliás, eu considero o mais difícil dos grupos brasileiros dos últimos anos. Costa do Marfim e Portugal, são seleções fortes, que tem condições de disputarem as melhores condições nessa Copa. Sobra à Coréia do Norte, uma verdadeira incógnita, nunca vi jogar sequer um jogador norte-coreano. Acredito que Brasil e Portugal se classifiquem nesse grupo.
O grupo dos anfitriões, os sul-africanos, também é complicadinho, com México e Uruguai, que são seleções de força média. E a França, que apesar de ter se classificado na repescagem, sempre vem forte para a Copa. Acredito que a França se passe fácil por esse grupo, e mesmo com toda a empolgação do time da casa, acho que esse time do Uruguai passe adiante.
A Argentina tem um grupo relativamente fácil, na minha opinião, e deve se classificar em 1º lugar. Nigéria, Coréia do Sul e Grécia brigam pela segunda vaga no mesmo nível, devendo a Nigéria se classificar na minha opinião.
Já a Inglaterra, segundo meus palpites, está em um dos grupos mais fáceis da Copa, assim como a Itália. Inglaterra, EUA, Argélia e Eslovênia, saindo daí a Inglaterra e os EUA.
A Alemanha não terá vida fácil, mas deve se classificar, a segunda vaga do grupo deve ficar com a Sérvia, que vem jogando bem demais na última eliminatória européia. Austrália e Gana devem voltar pra casa.
Holanda, Dinamarca, Japão e Camarões forma, para mim, o grupo mais difícil da próxima Copa. Mesmo sendo um dos times mais fortes do futebol africano, acho que nesse grupo Camarões não tem muita chance de seguir em frente, devem se classificar Holanda e Dinamarca.
A Itália caiu em um grupo moleza, junto com Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia, Itália e Paraguai passam fácil.
Por fim o grupo da Espanha, de onde vai sair o adversário do Brasil nas oitavas de final, se o Brasil passar da primeira fase, o que eu acredito que passará, mesmo em um grupo forte. A Espanha deve ser a primeira colocada, de forma relativamente fácil, já o segundo classificado do grupo deve sair da disputa entre Chile e Suíça, acredito na classificação da Suíça, mesmo tendo o Chile uma equipe boa. Honduras deve vir fazer figuração.
Bom, essa é minha primeira impressão sobre os grupos da Copa do Mundo de 2010. Com o tempo pode ser que eu mude de opinião em alguma coisa, mas acredito meus palpites devam se manter nisso mesmo, talvez com pequenas alterações. É aguardar pra ver!.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

ELEIÇÕES NO URUGUAI E EM HONDURAS....

No último domingo, 29 de novembro, tanto no Uruguai, como em Honduras, aconteceram eleições presidenciais. No entanto, o modo como foi conduzido o processo nos dois países foi bem distinto.
No Uruguai, ocorreu uma verdadeira festa cívica, onde o Governo atual, legalmente eleito anos atrás, conduziu um processo juridicamente legal, que não deixou nenhuma dúvida da sua clareza e lisura. Sendo eleito presidente José “Pepe” Mujica, da Frente Ampla, apoiado pelo presidente Tabaré Vasquez. Já em Honduras, o processo foi dos mais nebulosos dos últimos tempos, onde quem conduziu o processo eleitoral foi o governo golpista, que assumiu o poder no país no meio do ano através de um golpe militar. As eleições hondurenhas estão desprovidas de credibilidade e de legitimidade, processo esse, que não respeitou a vontade dos cidadãos hondurenhos, mas sim de uma elite local e do governo norte-americano. Em Honduras foi eleito Porfírio Lobo, apoiado por aqueles que deram o golpe de estado.
As eleições em Honduras, segundo o governo golpista tiveram abstenção de aproximadamente 40%, já a assessoria do presidente Manuel Zelaya, deposto em junho, declara que a abstenção chegou no patamar de 67% do eleitorado. Analisando os números divulgados, o que se pode afirmar é que a votação deve um baixo nível de comparecimento, o que reflete a falta de confiança da população hondurenha em relação à lisura do processo. Votação essa, que não legitima o governo eleito, já que ele carrega como “peso” eleitoral, menos da metade dos eleitores de Honduras.
O que nos mostra os dois processos eleitorais do último fim de semana, é que hoje em dia, com a rapidez com que corre a informação, com o custo da comunicação de massa, barateado pela Internet, através dos blogs, twitters, youtubes, e similares, em detrimento dos grandes conglomerados de comunicação, é que um processo ilegítimo, não democrático, não é mais nos empurrado a força como antes, a luta de Honduras agora é para os outros países reconhecerem o seu governo eleito dessa forma, não será um caminho fácil. Já o novo governo do Uruguai já nasce reconhecido pela Aldeia Global.

domingo, 29 de novembro de 2009

NOVA REALIDADE


No texto anterior, “Cidades Mortas”, falei sobre a questão do suposto esquecimento das cidades do denominado “Vale Histórico” devido à falta de viabilidade de se implantar ali uma atividade econômica que gere um rico potencial econômico. No entanto, essa era a situação do fim do século XIX e do século XX, mas agora, no século XXI, surgi à possibilidade do turismo ser a grande geradora de emprego e renda dessa e de outras tantas regiões.
Não sou contra esse tipo de exploração, deve-se sim apoiar essa atividade, pois é fundamental a geração de riqueza para a população dessas áreas. No entanto, alerto para que seja feita uma exploração planejada, que preserve não só o patrimônio material imobiliário, como também, a natureza dessa região, que foi preservada pelo mesmo motivo que esse patrimônio imobiliário, a falta de interesse econômico por muito tempo.
Deve-se promover um turismo que se molde de acorde com as condições locais, que empregue os moradores dessas cidades e que gere riqueza para ser reinvestida nessas cidades. Devemos lutar por qualificar a população dessas cidades para trabalharem com o turismo de forma sustentável. Deve-se inclusive, capacitar os moradores, em especial a Juventude do Vale Histórico, como empreendedores!
Só assim, teremos a garantia de que o meio ambiente e a riqueza do patrimônio material imobiliário serão preservados, além de que, gerando emprego e renda na região, estancaremos o êxodo de moradores dessas cidades, para regiões supostamente mais prósperas para estudarem, trabalharem, empreenderem!

“CIDADES MORTAS”




Nesses últimos 30 dias visitei por duas vezes a região denominada de “Vale Histórico”, que é à parte do Vale do Paraíba onde se concentram cidades que preservaram um pedaço do seu patrimônio material e imaterial intactos, e por esse motivo ganhou essa alcunha de “Histórico”. O interessante é perceber o porque nessa região, que abrange as cidades de Areias, São José do Barreiro, Arapeí e Bananal, esse patrimônio foi preservado.
Essa preservação não se deu por uma percepção da sua população de que é importante preservar o passado. Foi uma preservação baseada na questão econômica da região, e por isso eu parafraseio Monteiro Lobato, denominando “Cidades Mortas”. Por que essa definição? No século XIX, o principal produto gerador de riqueza no Brasil era o Café. A exploração dessa cultura se deu a partir do Rio de Janeiro, então capital do Império, e foi avançando pelo atual estado de São Paulo. Durante o Império, no auge da produção cafeeira no “Vale Histórico” essa região foi a mais rica do Brasil, sendo Bananal a cidade mais rica do Império brasileiro. Essa riqueza gerou um rico patrimônio material, que hoje nos reconhecemos nos casarios remanescentes nessas cidades. Bananal, por exemplo, teve a primeira Farmácia do Brasil, e essa região apresentava casas de até 3 patamares, engenharia equivalente aos grandes edifícios de hoje.
No entanto, com a decadência do Império brasileiro, o surgimento da República trouxe a decadência da exploração do café em todo o Vale do Paraíba, pois aqui, a exploração era feita de forma predatória, como normalmente acontece no Brasil, aconteceu com a cana-de-açúcar no Nordeste por exemplo. Cultivava-se somente café, em grandes propriedades, e com a base trabalhadora escrava. No processo de implantação do trabalho assalariado nossa região perdeu importância, e as cidades do Vale do Paraíba entraram em decadência.
Essa decadência econômica começou a ser vencida, a partir do momento da ligação rodoviária entre Rio de Janeiro e São Paulo, e com o processo de industrialização do país, que com base em São Paulo, favoreceu as cidades mais próximas da capital do Estado, e com ligação fácil (área da Dutra) a cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro. No entanto, o Vale Histórico (Bananal, Arapeí, São José do Barreiro e Areias) não estão no eixo da Dutra, e ficaram “paradas” no tempo, por isso Monteiro Lobato as apelidou de “Cidades Mortas”. Sem condições de implementar uma atividade econômica rentável, essas cidades deixaram de ser regiões atrativas, tendo sua população estagnada no patamar do século XIX e sua economia baseada na agricultura de subsistência e nas pequenas trocas comerciais.
Por não ter esse atrativo comercial é que foi possível a preservação desse patrimônio que são os casarios do século de Ouro do Café, já que a especulação imobiliária esqueceu essa parte do Brasil e de São Paulo. No entanto, é preciso agora, criar essa condição de preservação desse patrimônio, não só o urbano, mas as edificações rurais e o meio ambiente da região, pois o século XXI trouxe uma nova perspectiva de exploração econômica, que é o turismo, que algumas vezes leva a depredação desse tipo de patrimônio.

sábado, 28 de novembro de 2009

LULA E O RESGATE DO SONHO


Li este texto por recomendação do Dep. Estadual Carlinhos de Almeida (http://carlinhosalmeida.com.br/blog/), via twitter!

É de autoria de Zé de Abreu, ator brasileiro, militante político.


Lula e o resgate do sonho


Sempre tive muito claro que mais do que as perseguições, prisões, tortura, censura e afins, a ditadura matou o sonho revolucionário de minha geração. O sonho do “dia que vem vindo em que o mundo vai virar”, quando veríamos a “volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar” acordou numa triste realidade: o povo não estava nem aí com a ditadura. Estávamos enganados, uma vanguarda distante da realidade movida a sonho e esperança. A ditadura matou tudo. Quando ela acabou os tempos eram outros.
O povo continuava o mesmo povo, pobre e sofrido, mas não era mais motivo de preocupação. Povo ficou fora de moda, só usado nos momentos eleitorais. E veio Sarney substituindo a ditadura, Lula perdendo para Collor, Itamar abrindo caminho para FHC… Aquele que tinha sido literatura de axila nos meus tempos de Faculdade era Presidente da República, a esperança renascera. Mas já não era o mesmo sonho, o dele. O meu ainda era, embora eu não soubesse. Achava que morrera.

Até que de tanto insistir Lula ganhou.

Eu estava em Pelotas gravando A CASA DAS SETE MULHERES e meus amigos do PT de lá me convidaram para uma festa na Avenida Borges de Medeiros. Fomos, eu e alguns outros atores. Lembro-me que, apertado no carro cheio, pensei: será que vai dar certo? E me veio uma idéia maluca: se fosse para acabar com a miséria no Brasil, eu concordava em aumentar meu imposto de renda! Se Lula se preocupasse com os “menos favorecidos” seria o resgate do meu sonho.
Hoje, passados sete anos, acredito que isso aconteceu. Com os índices de “saídos da linha da miséria” que são milhões de patrícios agora participando ativamente e comendo seus pedaços do bolo da economia que, se na ditadura e nos governos anteriores também crescia, nunca era dividido. E com muita satisfação dos da “classe superior” que vende cada vez mais para esses novos consumidores, verdadeiros novos cidadãos brasileiros.
E as Universidades Federais que Lula criou? E as Escolas Técnicas Federais que, de um processo de extinção, foram multiplicadas? E as mil e vinte duas creches sendo construídas?

Isso é resgate do meu sonho.

Fiquei um mês fora do Brasil, nos Estados Unidos, Canadá e República Dominicana, pude notar uma coisa: hoje nosso herói internacional, o brasileiro mais conhecido lá fora não é mais o jogador de futebol, como Pelé, Ronaldo… É Lula, é o Mr. President! Quer orgulho maior para um ex-comunista? Ver como o “operário no poder” deu certo? E o comportamento de nosso Itamarati na crise de Honduras?Recentemente, tivemos o Presidente de Israel, pela primeira vez em 43 anos, visitando o Brasil. Shimon Peres, premio Nobel da Paz, veio conversar conosco por que o Brasil hoje tem um papel considerável a desempenhar na eterna crise do Oriente Médio. Com sua indiscutível liderança internacional, com sua imensa capacidade de negociação e autoridade política conseguida na prática da Presidência, Lula pode mediar qualquer litígio entre nações.
Com a continuidade do Governo Lula garantida pela futura eleição da Ministra Dilma me vem uma sensação de que não foi à toa minha militância juvenil. Me abriu a cabeça para entender o momento histórico que vivemos, a Revolução sendo desenvolvida no dia a dia, no voto, na Paz e, porque não dizer, no Amor. Afinal de contas alguém já viu um Presidente da República mais apaixonado pelo seu povo?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

CAI A DIFERENÇA ENTRE SERRA E DILMA!

Foi divulgado nessa segunda-feira, 23 de novembro, o resultado da pesquisa de intenção de voto CNT/Sensus, realizada entre os dias 16 e 20 de novembro. O presidenciável do PSDB, governador de São Paulo, aparece com 31,8% das intenções de voto, Dilma, presidenciável do PT, e ministra do Governo Lula, aparece com 21,7% das intenções de voto. Ciro Gomes, deputado federal do PSB com 17,5% das intenções de voto e, Marina Silva, senadora do PV do Acre, com 5,9% das intenções de voto.
Apesar da liderança, o resultado representa um duro golpe na candidatura de José Serra ao Palácio do Planalto, já que em dezembro de 2008, a pesquisa do mesmo instituto apontava o governador de São Paulo com 46,5% das intenções de voto, ou seja, o tucano vem ladeira a baixo, perdendo aproximadamente 15% do eleitorado brasileiro. Já a candidata do PT, Dilma Rousseff, aparecia, em dezembro de 2008, com 10,5% da preferência dos eleitores, portanto, em menos de 1 ano, a candidata do presidente Lula pegou o elevador e chegou a 21,7% das intenções de votos, subindo 11,2% na preferência dos eleitores do país. A diferença entre o presidenciável petista em relação ao presidenciável tucano caiu de 36% para 10,1%.
A ascensão de Dilma, não se deve apenas a maior exposição que ele vem se submetendo, mas também, pela forte relação do presidenciável José Serra com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, já que a mesma pesquisa aponta que 49,3% dos eleitores não votariam no candidato apoiado por FHC, e apenas 17,2% do eleitorado votaria no candidato do ex-presidente. Já o presidente Lula, goza de imenso prestígio junto à população brasileira, que segundo a mesma pesquisa, 70% dos entrevistados aprova o seu governo. Além disso, 51,7% dos eleitores votariam no candidato ou candidata apoiada por Lula, enquanto somente 16% não votariam no candidato apoiado por Lula. A pesquisa indicada, ainda, que 76% dos entrevistados consideram a gestão Lula melhor que a de FHC.
Caso o PSDB indique o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, Dilma Rousseff assumiria a ponta nas intenções de voto, com 27,9%, Aécio teria 20,7% e Marina Silva 10,4%. Nesse cenário a pesquisa não apresentou o nome de Ciro Gomes.
Nas projeções para o segundo turno, José Serra venceria Dilma por 46,8% a 28,2% das intenções de voto. Já se o candidato tucano fosse Aécio Neves, a vitória seria da candidata do PT, Dilma com 36,6% das intenções de voto, contra 27,9% do governador mineiro.
O que se pode apurar do resultado da pesquisa é a consolidação da candidatura Dilma e a forte influência do presidente Lula no processo, principalmente na comparação com a gestão FHC, além da candidatura Serra ter esfriado.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

SOBRE OS 20 ANOS DA QUEDA DO MURO DE BERLIM


Em 9 de novembro de 1989 caía o Muro de Berlim, talvez o principal símbolo de uma época, a Guerra Fria. Ao fim da II Grande Guerra, em 1945, estava completo o declínio dos Grandes Impérios Mundiais europeus, que marcaram o mundo com o advento da Era Moderna e das Grandes Navegações. A expansão do nazismo, durante a II Guerra, obrigou as outras nações do mundo a se juntarem em uma grande aliança para combater o exército alemão, em especial no continente europeu. Duas nações foram protagonistas no combate aos nazistas: os EUA, que entraram na guerra para manter o controle do Pacífico e entrar na Europa; e a ex - URSS, para evitar a que a expansão nazista anexasse seus territórios no leste europeu. Vitoriosos, EUA e URSS ocuparam o espaço deixado pelos Impérios Europeus, e dividiram o planeta em duas zonas de influência, a Capitalista, capitaneada pelos EUA, que pregava uma sociedade baseada no progresso material e na disputa do mercado pela iniciativa privada e; a Comunista, que propunha um modelo de cooperativismo social, onde cada ser teria sua função social, e a produção da riqueza seria compartilhada pela sociedade uniformemente. Em especial, a Europa representou bem essa divisão, estando na sua parte ocidental as nações ob influência americana, e na parte oriental os países ligados aos soviéticos. Dentre as punições impostas à Alemanha após a guerra, estava a sua divisão territorial em 4 partes, uma destinada à França, outra a Inglaterra, ao EUA e a URSS. Sua capital, Berlim, mesmo estando em território destinado aos soviéticos também foi dividida entre essas nações. Com o decorrer dos primeiros anos pós-guerra os territórios sob controle de EUA, França e Inglaterra se juntaram e constituíram uma única nação, a Alemanha Ocidental, enquanto o território sob controle soviético era chamado de Alemanha Oriental. Para barrar a circulação de pessoas entre as duas partes de Berlim, foi construído o citado Muro de Berlim, que separava a parte Ocidental da Oriental da cidade.
Com a decadência da URSS, na década de 80, do século passado, a Alemanha entrou em processo de unificação, e os países do campo soviético passaram a aderir ao modo de vida capitalista, e a queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989 representou simbolicamente essa passagem.
A queda do Muro de Berlim representou, também, o início do declínio do Império Americano, pois trouxe junto com ela a ascensão econômica da Alemanha e do Japão no mercado global e forçou a retirada das tropas americanas, em especial, da Europa. Para manter a hegemonia mundial, os EUA foram obrigados a se voltarem para 2 partes do mapa: o Oriente Médio e a América Latina.
O Oriente Médio, é a região onde encontramos os maiores produtores e as maiores reservas de petróleo do planeta, portanto, controlar essa região, significa controlar a extração e a comercialização desse combustível, o principal de nossa economia.
Já a América Latina, tratada como seu “quintal” pelos americanos, desde o século 19, passou a ser fundamental como mercado consumidor dos produtos americanos, que deixaram de ser comercializados com a Europa e Ásia, devido à concorrência de Alemanha e Japão.
Nesse contexto os governos americanos vêm promovendo inúmeras intervenções nessas regiões, como as 2 guerras do Golfo Pérsico (Iraque) e a Guerra do Afeganistão, com a justificativa de combate ao terrorismo de extremistas islâmicos. Além das intervenções militares na Nicarágua e na Colômbia, com a justificativa de combate ao narcotráfico.
A eleição de Obama para comandar os EUA, a princípio, gerou a expectativa de que a política internacional americana mudaria. Porém,até o momento, mesmo com o presidente recebendo o Prêmio Nobel da Paz, essa mudança de rumos não se concretizou, ao contrário, Obama propôs o aumento do número de soldados no Afeganistão, o aumento do número de soldados na Colômbia, mantém em atividade a prisão de Guantánamo, não encerra o bloqueio econômico a Cuba, mantém uma relação conflituosa com a Venezuela e os países Bolivarianos e não assume o papel de mediador do golpe de estado de Honduras.
Tendo isto em vista, percebemos que ainda vivemos sob um mundo fortemente influenciado pela queda do Muro de Berlim, que ainda não conseguiu se reorganizar e vencer o Imperialismo americano, que não respeita a individualidade de cada nação de cada cultura.

POR QUE AS LUZES SE APAGARAM ESSA SEMANA?

No último dia 10 de novembro, terça-feira, por volta das 22 horas, 15 estados brasileiros enfrentaram problemas com o fornecimento de energia elétrica, sendo restabelecida a normalidade das coisas no decorrer da madrugada do dia seguinte.
Passado o susto, o importante é saber a causa do problema. Especulou-se que seria na geração de energia em Itaipu. No entanto, segundo a empresa Itaipu Binacional, o problema não estava na geração da energia, e sim na transmissão dela da usina até nossas casas. O problema teria sido causado por fenômenos climáticos, lembrando que durante todo o dia 10 de novembro, fortes chuvas atingiram boa parte do Brasil. Esses temporais teriam causado problemas nas linhas de transmissão de energia (fala-se em 3 delas), afetando assim o seu fornecimento. Segundo a empresa Itaipu Binacional, quando 1 ou mais linhas de transmissão são interrompidas, o sistema de transmissão interligado de energia tem de ser desligado, para o restabelecimento da linha suspensa, provocando o chamado efeito “dominó”. O que confirma a versão de Itaipu Binacional, é a situação do Paraguai, país vizinho ao nosso, que também depende da energia gerada em Itaipu, que teve seu fornecimento de energia interrompido no mesmo momento que nós, mas que logo em seguida já estava com o seu abastecimento elétrico normalizado, já que nenhuma linha de transmissão de Itaipu para o Paraguai foi afetada. Portanto, a geração de energia em Itaipu estava o.k. na hora do suposto “apagão”, identificando o problema mesmo na transmissão da energia entre a usina e as cidades brasileiras.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Coletânea do twitter!

Essa é um juntado dos meus últimos posts no twitter, todos sobre o mesmo tema, uma suposta relação entre o que aconteceu com a Roseana Sarney na pré-campanha em 2001 e agora com o que acontece com o Aécio nessa atual pré-campanha. Não alterei nenhum post, inclusive mantive os erros de digitação, que verifiquei agora, rsssss, primeira vez que faço isso, reproduzo série de posts do twitter, aqui no blog, acho que ficou legal, vários posts montam um texto!

essa história do Aécio bater na namorada em público tá me cheirando com algo semelhante ao q aconteceu com a Roseana Sarney em 2001...

qdo ela era pré-candidata a presidência pelo PFL, e acharam uma grna no cofre da empresa do marido dela, em 1 operação da PF, do Gov FHC

pra lembrar, Serra era o candidato de FHC, portanto, tirar a Roseana do páreo era mto interessante para eles.

Aécio é o principal concorrente de Serra, hj, pela indicação do PSDB para a disputa da Presidência da República em 2010, portanto, ...

tirar Aécio do páreo é uma medida muito interessante para Serra. Estão vendo pq eu digo q parece mto com o caso Roseana em 2010....

naquela oportunidade Serra ganhou a indicação para concorrer a presidência, e perdeu para o Lula, nesse caso, ele perderá para a Dilma...

Ja li e ouvi q o Serra faz de tudo p/ ser Presidente da República, mas ele medou em 2006, temia perder 2 vezes p/ o Lula...

agora ele quer ser candidato de novo, já q o Lula não pode se candidatar, sempre q ele está no páreo td pode acontecer com seus adversários

eu tenho medo do @joseserra!!!!!!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

LUTAR PELO SISTEMA MUNICIPAL DE CULTURA.

Eleito o Governo Lula no ano de 2002 foi feita uma análise da situação em que se encontrava a Política Cultural em nossa nação. Chegou-se a conclusão que tínhamos à época uma estrutura administrativa precária, orçamentos insuficientes, baixa capilaridade no tecido político e social e uma pequena participação nas principais decisões de governos. Desde então, o Governo do Presidente Lula, iniciou os trabalhos para a implantação do Sistema Nacional de Cultura, projeto para reverter à situação da política cultural no Brasil. Promoveu-se a I Conferência nacional de Cultura, audiências públicas, seminários de gestores e muitas outras ações.
Essa semana acontece em Guaratinguetá, nossa I Conferência Municipal de Cultura, e é muito importante a participação de todos nesse momento. Pois é a oportunidade de intervenção da sociedade civil na política cultural de nosso município. A Conferência acontece dias 23 e 24 de outubro, no auditório do Sindicato Rural de Guaratinguetá (dia 23 às 19:00 horas) e no Salão do Departamento Municipal de Cultura (dia 24 a partir das 08:00 horas).
Acredito ser importante a participação na I Conferência Municipal de Cultura, pois devemos nesse espaço lutar pela implantação de um Sistema Municipal de Cultura para gerir a política cultural em nossa cidade. Devemos lutar pela inclusão dos princípios da diversidade das expressões culturais, a universalização do acesso, o fomento a produção, a cooperação entre poder público e sociedade civil, a transversalidade das políticas, a transparência na gestão e a democratização dos processos decisórios com participação e controle social.
Com base na Proposta de Estruturação, Institucionalização e Implementação do Sistema Nacional de Cultura, devem constituir o Sistema Municipal de Cultural os seguintes elementos:
• Órgão Municipal Gestor de Cultura: específico e com dotação orçamentária própria.
• Conselho Municipal de Política Cultural: consultivo e deliberativo, que respeite a paridade entre o poder público e a sociedade civil.
• Conferências Municipais de Cultura: realizadas periodicamente.
• Fundo Municipal de Fomento à Cultura: para financiar projetos, programas e ações culturais.
• Plano Municipal de Cultura: formulado em conjunto por governo e sociedade civil, que transforme políticas de governo em políticas de estado.

Com base no princípio da cooperação, esses elementos estarão responsáveis pela gestão da política cultural, qualificando a produção e o acesso à cultura.

ENCONTRO DA JUVENTUDE DO PT VALE DO PARAÍBA.


Aconteceu no último domingo, 18 de outubro, o Encontro da Juventude do PT da macro Vale do Paraíba. O intuito do Encontro foi debater a conjuntura política com os jovens filiados do Pt na região e a organização interna da JPT no Vale do Paraíba.
A discussão de conjuntura foi dividida em três mesas, 1º - “o Brasil, o estado de São Paulo e o Vale do Paraíba que queremos para a juventude”, os debatedores foram os deputados estaduais do PT Carlinhos de Almeida e Maria Lucia Prandi, o vice-presidente da CUT-SP Carlos Ramiro de Castro, o Carlão, e o coordenador da macro Vale do Paraíba Salvador Soares; a 2ª mesa com o tema “Os avanços do governo Lula e as eleições de 2010” contou com os seguintes debatedores, deputado federal do PT José Genoíno, vereador em São José dos Campos elo PT Wagner Balieiro e pelo representante do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Nilson; a 3ª mesa foi sobre a “Organização interna da JPT” que contou com a secretaria estadual da JPT-SP Alessandra Dadona, a Presidente do Centro Acadêmico de Comunicação da UNITAU, Júlia Martin Cruz, com o representante da CONEN (Conselho Nacional de Entidades Negras) Fabrício Camilo e com o secretário de organização da JPT-SP Rafael Pequeno. Em todas as mesas houve intensa participação da plenária, com perguntas e comentários em relação à fala dos debatedores.
A eleição da coordenação da JPT da macro Vale do Paraíba transcorreu de forma tranqüila, com a escolha, por aclamação, da companheira Silvinha Rezende de Caçapava para a coordenação geral, e a determinação de que seriam escolhidos, ao menos, 1 membro por micro-região (a coordenação da macro dividiu a região em 9 micro-regiões) para integrar a coordenação da JPT da macro, as micros de São José e Taubaté, devido à demanda de filiados, contarão com 2 membros cada na coordenação da JPT Vale do Paraíba.
Nós de Guará, estivemos presentes mais uma vez nesse encontro, participando dos debates e da eleição da coordenação da JPT, indicando um companheiro para integrar a equipe, o nome escolhido foi o do Diego de Castro Galdino Dias de Oliveira, jovem filiado de 27 anos, que nos representará na JPT-Vale do Paraíba.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A democratização da universidade não pode parar

Nota da JPT sobre o vazamento do caderno de questões do ENEM e o adiamento da aplicação da prova.

Na quinta-feira, 1 de outubro, o Ministério da Educação, confirmou em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo e posteriormente em nota e em pronunciamento do Ministro Fernando Haddad, que haviam fortes indícios de vazamento do caderno de questões do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
Tal fato, de enorme relevância, alterou e abalou a rotina de mais de quatro milhões de jovens estudantes que prestariam o exame no domingo, 4 de outubro.
A Juventude do PT entende como correta, a rápida decisão do MEC, que ao primeiro indício de comprometimento do exame, resolveu descartar o questionário que seria utilizado e transferir a data da prova.
Condenamos, em primeiro lugar, o crime cometido por pessoas que buscaram o dinheiro fácil ou agiram com intenções ainda ocultas, prejudicando assim, milhões de estudantes. Defendemos a rigorosa apuração pela Polícia Federal e exemplar punição dos responsáveis pelo vazamento.
Condenamos também, a tentativa de setores da oposição, da grande imprensa e das máfias dos cursinhos pré-vestibulares, de se utilizar de um delito para fazer luta política contra o governo do presidente Lula ou contra as inovações no ENEM.
Repudiamos a decisão de algumas universidades, em particular as estaduais paulistas, que mais uma vez preferem se fechar dentro dos seus muros ao invés de se colocarem como construtores de melhores saídas para os problemas que o país enfrenta. Com a decisão de não utilizar a nota do ENEM, irão prejudicar as maiores vítimas deste crime, os estudantes brasileiros.
Os quase sete anos de governo do presidente Lula têm sido responsáveis por uma verdadeira revolução na educação brasileira. Hoje, mais de 580 mil jovens de baixa renda tem acesso à universidade através do PROUNI, as vagas no ensino superior público federal dobraram a partir da ampliação de vagas, criação de 12 novas universidades federais e 104 novos campi e unidades.
O Ministério da Educação está empenhado em democratizar a universidade no Brasil. O novo ENEM é um dos passos nesta direção. Ao procurar unificar os processos seletivos das universidades brasileiras caminha na direção da ampliação do acesso.
Além disso, o novo ENEM cria ainda um novo paradigma nos exames vestibulares ao desenvolver uma prova mais vinculada à realidade dos jovens, da sociedade brasileira e à diversidade regional. É em razão disso, que as máfias dos pré-vestibulares, acostumadas a ensinar seus alunos a decorar fórmulas e teorias, na maior parte das vezes desvinculadas do cotidiano de nossa juventude, se opõem. Eles sabem que “a consciência do povo daqui é medo dos homens de lá”.
O vazamento da prova do ENEM, além de prejudicar a rotina de milhões de estudantes, serve aos interesses dos que não querem ter seus lucros ameaçados e daqueles que pretendem manter a universidade como um privilégio de poucos.
No entanto, o processo de mudanças que vive o Brasil, e que tem na educação um de seus pilares, não será parado por este motivo.

Direção Nacional da Juventude do PT

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

RESUMO DA INTRODUÇÃO DO TEXTO BASE – II CONFERÊNCIA NACIONAL DE CULTURA.

“TODO PODER EMANA DO POVO, QUE O EXERCE POR MEIO DE REPRESENTANTES ELEITOS OU DIRETAMENTE, NOS TERMOS DESTA CONSTITUIÇÃO”
Parágrafo único, do artigo primeiro da Constituição Federal do Brasil de 1988.

• Estabelece o Estado Democrático de Direito, que mescla elementos da Democracia Representativa (eleições) com elementos da Democracia Participativa (direta).

ATRIBUIÇÕES DA II CNC.

• Discutir a cultura brasileira
• Universalizar o acesso a produção e a fruição da cultura
• Fortalecer a cultura como centro dinâmico do desenvolvimento sustentável
• Consolidar a participação e o controle social na gestão da cultura
• Implantar os Sistemas Nacional, Estaduais e Municipais de Cultura e o Plano Nacional de Cultura
• Avaliar os resultados obtidos a partir da I CNC – 2005

TEMA GERAL: CULTURA, DIVERSIDADE, CIDADANIA E DESENVOVLIMENTO.
A política nacional de cultura proposta desde o primeiro ano do Governo Lula, com o Ministro Gilberto Gil e agora com o Ministro Juca Ferreira, é a “Abrangência”. A partir deste critério as diretrizes para as políticas públicas de Cultura foram pautadas em 3 dimensões: simbólica, cidadã e econômica.

- DIMENSÃO SIMBÓLICA: toda ação humana é socialmente construída por meio de símbolos. Nesse contexto, trata-se como cultura toda manifestação, independente da sua simbologia (linguagem).

- DIMENSÃO CIDADÃ: direitos culturais são parte integrante dos Direitos Humanos.

- DIMENSÃO ECONÔMICA: Cultura como um dos segmentos + dinâmicos da Economia.
Nova Economia: 1) Informação
2) Criatividade
3) Conhecimento

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Heliópolis, uma aula de reforço do serrismo

Texto de Gilson Caroni Filho, professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil. Retirado do site da Agência Carta Maior (www.cartamaior.com.br), na seção Debate Aberto.

Heliópolis, palco recente de uma seqüência de protestos gerados pelo assassinato de Ana Cristina Macedo, uma adolescente de 17 anos, não é apenas uma megafavela encravada na divisa entre São Paulo e São Caetano do Sul. Mais que isso, é um conto reescrito pelo Poder Público em periferias urbanas. O cenário privilegiado para o estudo de um contexto que caracteriza o modo de existência das classes populares. Suas lutas para se constituírem como sujeitos políticos e a desenvoltura com que age um aparelho policial que jamais se deixou permear pela democratização de seus métodos.
Os 120 mil moradores de Heliópolis, a maioria oriunda do Nordeste, não têm acesso aos serviços básicos de infra-estrutura, moradias dignas, espaços de lazer comunitários, serviços de saúde e educação. O que está presente no cotidiano desse contingente é o desejo de mudar de vida aliado à concepção que se está vivendo uma situação transitória.
Quando a nordestina Antonia Cleide Alves presidente da União de Núcleos, Associações e Sociedades de Moradores de Heliópolis e São João Clímaco diz que “a comunidade exige ser tratada com dignidade" estamos diante de uma prática discursiva que expressa a crença de que para mudar de vida talvez seja preciso mudar a vida e que esta tarefa cabe a novos atores que antevêem, na negação diária da cidadania, um poder provável dos sem-poder. É contra isso que se volta a política de segurança de José Serra.
É para reproduzir essa violência estrutural, cotidiana, que aparece nas "páginas de cidade" da grande imprensa, que nasce e morre sem que os responsáveis sejam definidos ou apontados, que as polícias Civil e Militar do provável candidato tucano nas próximas eleições presidenciais estão” dando um duro danado". Menor não tem sido o esforço da grande mídia que o apóia. Mesmo em períodos de plenas garantias constitucionais o descaso com a proteção aos indivíduos de classe subalternas deve ser compreendido como um esforço higienizador de um desejável controle social dos setores populares.
Heliópolis é ainda uma aula de história. Deixa evidente uma concepção de poder em que a questão social ainda é tratada com os mesmos métodos da Primeira República. A revolta da periferia paulistana não revela a existência de dois Brasis. O que é preciso manter intacto é o discurso que assegura que a violência é sempre externa à estrutura social brasileira. Pura anomia provocada por vândalos que insistem em macular a história de um país apresentado como produto limpo, enxuto, paraíso da conciliação e da cordialidade.
Heliópolis é também uma advertência aos movimentos sociais. Ônibus incendiados, pedradas, rojões, balas de borracha e bombas de efeito moral não são, como destaca o jornal Folha de S. Paulo, "cenas cada vez mais comuns em conflitos nas comunidades carentes de São Paulo". Ao contrário da banalização almejada por repórteres e editorialistas, a violência contra a população pobre e trabalhadora é uma prática sistemática.
É a força bruta requerida pelos defensores de uma democracia limitada. De uma forma de pensar a polis sob uma equação em que parece ser possível a existência de paz sem justiça social. São os mesmos que sempre vêem manifestações políticas de multidões urbanas como resultado da ação de “agitadores profissionais" ou dos " interesses dos traficantes"
Assim, nada mais resta às autoridades senão se livrarem deles (os “desviantes”) para que a harmonia da cidade volte a imperar. O extermínio como medida profilática é o projeto dos que defendem um mínimo de Estado e um máximo de barbárie. É o "pós-lulismo" da direita vestida com figurino modernizante. É bom examinar com atenção o que se desenha para 2010. Heliópolis dá excelentes pistas.

sábado, 5 de setembro de 2009

REFLEXÕES SOBRE O FIM DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL E AS TRANSFORMAÇÕES MUNDIAIS DO SÉCULO XIX.


13 de maio de 1988 é o marco oficial para o fim da escravidão no Brasil, ainda Monárquico. Desde a Independência, e a discussão durante a década de 20, do século XIX, na Assembléia Constituinte do Império, já se falava em fim da escravidão, no entanto, como o Império herdou as estruturas sociais, econômicas e produtivas do período colonial, manteve-se a escravidão negra como instrumento jurídico. No entanto, desde essa mesma década, a conjuntura política internacional, fortemente submetida aos interesses europeus, em especial da Inglaterra, exigia o fim do escravismo em todas as regiões do planeta.
Já, em 1826, foi estabelecido um acordo bilateral, entre Inglaterra e Brasil, onde se estabelecia o fim do tráfico internacional de escravos, dentro do prazo de 3 anos, no entanto, esse tratado enfrentou severos obstáculos para ser aceito, aqui no Brasil, e só entrou em vigor em 1831, com a promulgação de uma lei que proibia o tráfico internacional de pessoas, porém, essa lei não pegou, e logo foi revogada. Por anos, essa questão ficou escanteada na política imperial, mesmo porque passávamos pelo período regencial, e a discussão prioritária era a de quem controlaria o Império nesse período e depois a da maioridade antecipada do jovem imperador. Já no segundo reinado brasileiro, e no período Vitoriano inglês, foi decretado o Bill Aberdeen, em 1845, ato do governo inglês, que consideraria qualquer navio que trafegasse, levando pessoas escravizadas, seria considerado uma embarcação pirata, e portanto, poderia ser rendido e, até mesmo, abatido. Com esse ato a Monarquia da Inglaterra atribuía, a si mesmo, o título de Guardiã Moral do Mundo, que levaria a toda parte e toda população a liberdade e a civilização. Argumento reutilizado agora, no século XXI, pelos EUA, pós 11 de setembro de 2001, que lançou suas forças armadas em guerra contra o Afeganistão e o Iraque, com a justificativa de estar levando para essas regiões a Civilização, a Liberdade e a Democracia. Entretanto, assim como no século XXI, o interesse prioritário das potências mundiais que se intitulam Guardiãs Morais do Mundo, no caso do século XIX, a Inglaterra Vitoriana, passa mais por benefícios econômicos, do que pela compaixão com o outro. A Inglaterra, dos oitocentos, vinha da sua primeira revolução industrial, processo que alterou as necessidades, da até então aliada das nações colonizadoras. A mecanização do setor produtivo inglês exigia um maior volume de fontes de energias, como carvão mineral, um maior volume de matérias primas para a indústria e gerou um excedente produtivo, que não tinha como ser consumido dentro de seu território. Portanto, ao entender dos ingleses, as nações periféricas, saídas do período colonial, e ainda escravistas, seriam as novas aliadas econômicas inglesas, pois tinham no grande contingente de escravos potenciais consumidores dos excedentes industriais ingleses, mas como não eram trabalhadores remunerados não tinham como assumir esse papel. Além disso, as nações periféricas, atrasadas tecnologicamente, não usavam seus recursos naturais, e passariam a ser exportadoras desses gêneros para as áreas industriais da Europa, em especial a Inglaterra. Portanto esse caráter moral e civilizacional era apenas uma justificativa ética, que encobria os reais objetivos ingleses.
Desde então, ficou insustentável manter o tráfico internacional de escravos, e conseqüentemente a escravidão africana na América, em seguida ao Bill Aberdeen o Governo Imperial promulgou a Lei Eusébio de Queiroz, que extinguia a legalidade do tráfico de escravos. Ainda nesse ano, uma segunda lei foi promulgada, e essa muita significativa, a Lei de Terras. Essa estabelecia que toda terra devoluta dentro do território brasileiro seria de propriedade do Império, e não mais se concederia o direito a uso da terra de forma gratuita, como no período colonial com as sesmarias.Portanto, a partir dessa data, todo colono que desejasse estabelecer-se no território teria de pagar para ocupar a terra, mesmo que essa fosse desocupada. Essa medida, serviu para favorecer os grandes proprietários de terra (latifundiários), problema até hoje não resolvido no Brasil, visto que ainda não se realizou uma verdadeira reforma agrária por aqui, e quando se aventa à possibilidade de diminuir o índice de produtividade da terra, a oligarquia rural brasileira se insurge contra a idéia. A Lei de Terras abria a possibilidade para duas oportunidades de alteração n regime de trabalho. Primeiro, abriu mão para o fim da escravidão, já que os negros libertos não teriam condição de se instalarem nas terras desocupadas pois não teriam recursos e; segundo, abriu a possibilidade do Governo Imperial a incentivar e financiar a imigração estrangeira, pelo mesmo motivo, e mais, aqueles trabalhadores que viessem com financiamento do Governo Imperial ao Brasil, não teria o direito à posse sa terra. A Lei de Terras de 1850 foi o mecanismo que possibilitou as elites brasileiras de manter o status de exploração do trabalhador, sendo ele negro liberto ou imigrante estrangeiro, e não alterou o regime de concentração de terra, iniciado ainda no século XVI com as Capitanias Hereditárias.
De 1850 até 1888, o Governo Imperial brasileiro preparou o ambiente para o decreto final da escravidão no Brasil, processo influenciado ainda pela Guerra do Paraguai, com leis atenuantes do escravismo, como a Lei do Ventre Livre (1871), que determinou que todo filho de escravos nasceria livre, e devendo estar aos cuidados da mãe até os 7 anos e a Lei Saraiva Cotegipe ou Lei dos Sexagenários (1885) que determinou que todo escravo com 60 anos ou mais fosse liberto, lei essa que gerou risos, em qualquer pessoa esclarecida, pois a expectativa de um escravo no Brasil Imperial era de aproximadamente 30 anos, portanto sendo quase impossível qualquer pessoa ter sido beneficiada por essa lei.
A 13 de maio de 1888, foi promulgada a Lei Áurea, que pois fim a escravidão no Brasil, sem ao menos um caráter compensatório aos ex-escravos, que foram colocados na rua, sem alfabetização, sem qualificação profissional, sem o direito a terra e com a moral baixíssima, concorrendo com a imensa massa de imigrantes por uma colocação profissional.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA PORTUGUESA.


7 de setembro é o dia em que se comemora a Independência do Brasil em relação a Portugal, são 187 anos da data, dia em que, segundo a História oficial, Dom Pedro, ao receber uma correspondência às margens do córrego do Ipiranga, em São Paulo, bradou “Independência ou Morte!”.
Segundo a própria versão oficial, pressionado pelo Estado PortuguÊs, que após a Revolução Liberal do Porto, de 1820, que vinha exigindo o restabelecimento do Pacto Colonial, Dom Pedro, tomado de um nacionalismo brasileiro, optou pela ruptura total com o Reino de Portugal, que tinha como rei seu pai, Dom João VI. Desde o século XVI, dentro do processo de Expansão Marítima e Comercial, Portugal passou a ocupar territórios na costa do Atlântico Sul, tanto na África, quanto na América, e implantou um sistema de exploração desses territórios e de suas respectivas populações. O Pacto Colonial era o marco regulatório das relações entre Portugal (Metrópole) e suas Colônias (dentre elas o território que hoje é o Brasil). Só haveria sentido em ocupar territórios distantes da Europa, se houvesse alguma compensação em troca desse esforço. Dentro dos objetivos de uma nação imperialista do século XVI, o principal era o acúmulo de metais, e para tanto, ocupar uma área periférica, com clima e solo diferentes do europeu, era uma oportunidade de novos negócios, e ainda, complementares ao da Europa. Para essa empreitada ser economicamente vantajosa, era preciso que os custos de produção fossem os menores possíveis, além disso, para segurar os preços em patamares mínimos, a Metrópole detinha o monopólio comercial com as áreas coloniais. Esse exclusivismo foi o mecanismo fundamental do Colonialismo Europeu na América, da Época Moderna. Como detinha o monopólio comercial, a Metrópole definia o que seria produzido e a quantidade, já que era a única consumidora. Para manter os custos de produção em patamares mínimos possíveis, o sistema produtivo na América portuguesa tinha na grande propriedade de terra, seu regime de ocupação do solo; como única consumidora possível, a Metrópole definia um único produto a ser produzido em larga escala (monocultura) e; o regime de trabalho adotado foi o escravista.
Neste ponto, cabe uma colocação. Diferentemente de algumas áreas da América, onde a Metrópole européia adotou o escravismo de povos nativos, na América portuguesa foi adotado o escravismo de populações africanas. Essa medida não tem relação com a suposta falta de adaptação do indígena ao trabalho compulsório, mas sim a interesses comerciais portugueses, que no mesmo processo de ocupação da Costa Americana do Atlântico, também, ocupou parte da Costa Africana do Atlântico, portanto, era também, controladora das áreas exportadoras de escravos na África, criando um sistema conhecido como Comércio Triangular: mão-de-obra fornecida pela Costa Ocidental africana; produtos tropicais produzidos na América portuguesa; consumidos na Europa.
Portanto, controlando a produção de produtos tropicais complementares àqueles produzidos na Europa à área fornecedora de mão-de-obra escrava, e tendo o monopólio comercial sobre esses produtos, era possível a Metrópole ter um saldo positivo na sua balança comercial (diferença entre exportações e importações) ocasionado o acúmulo de metais preciosos (moeda corrente da época) nos estados coloniais.
Esse sistema começou a ser desmontado com a vinda da família real portuguesa para a América, devido as Guerras Napoleônicas na Europa, que por questão de segurança veio a se instalar no Brasil. para manter o estilo de vida da família real e sua corte, medidas liberalizantes foram implementadas pelo príncipe regente Dom João, futuro Dom João VI, como: a abertura dos portos a nações amigas, diga-se Inglaterra; a liberação da instalação de manufaturas na colônia; criação do Banco do Brasil e emissão de moeda; criação da imprensa-régia, “inchaço” da burocracia estatal, para atender a corte que acompanhou a família real; entre outras medidas. Esse “pacote” progressista, criou condições para que a antiga Colônia, pudesse se emancipar politicamente da metrópole, o que gradativamente foi acontecendo. Em 1820 Dom João, então empossado nos trópicos rei de Portugal retornou a Europa para reorganizar a nação portuguesa no pós-napoleão, e em 1822, Dom Pedro, não motivado pela pressão portuguesa para o fortalecimento do Pacto Colonial, já falido, mas sim pressionado, pela oligarquia colonial, que já não dependia mais de Portugal para negociar sua produção com a Europa, devido à abertura dos portos em 1808, decretou a Independência do Brasil em relação a Portugal, pois caso não o fizesse ele mesmo, alguém teria o feito mais cedo ou mais tarde.
A grande crítica a Independência do Brasil em relação a Portugal consiste na questão de que mesmo com a emancipação política, o Brasil Monárquico não tinha autonomia econômico-financeiro, pois a produção estava atrelada ao mercado externo, portanto, sujeito as inconstantes da economia européia à época. A Inglaterra, que desde muito cedo, já vinha sendo credora da Monarquia Portuguesa, passou a ser também credora da nova nação, o Brasil, já que estruturalmente, a Independência de 1822 não significou em uma revolução nas formas de exploração dos bens matérias e das pessoas, a monocultura foi mantida, o regime fundiário idem, o mercado externo continuou ditando o que seria produzido e suas quantidades, a Inglaterra mantinha relações privilegiadas com a oligarquia rural, além disso, o escravismo foi mantido como regime de trabalho.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A saída de Marina Silva do PT e suas possíveis consequências.

A senadora Marina Silva, do Acre, confirmou ontem a sua saída do Partido dos Trabalhadores, sem confirmar ainda sua filiação ao Partido Verde e sua candidatura a Presidência da República. Marina Silva tem uma trajetória intimamente ligada à história do Partido dos Trabalhadores, nasceu e um seringal próximo a Rio Branco, na sua primeira atividade profissional conheceu Chico Mendes, que foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores no Acre, e líder seringueiro, defensor da Amazônia e do Desenvolvimento Sustentável. Marina ingressou no curso de História da Universidade Federal do Acre e junto de Chico Mendes organizou o Movimento Sindical no Estado. 1985 Marina Silva filiou-se ao Partido dos Trabalhadores durante a campanha a deputado federal de Chico Mendes, depois a própria Marina ingressou na vida pública, elegendo-se vereadora na cidade de Rio Branco e deputada estadual, até que em 1994 ela se elege Senadora pelo Estado do Acre, e, 2002 é reeleita Senadora, na mesma campanha que elegeu o Presidente Lula, que a indicou para o Ministério do Meio Ambiente, cargo que ela ocupou por 5 anos e meio, quando voltou para o Senado.
Marina é, portanto, herdeira política de Chico Mendes na luta pela preservação da Amazônia e por um desenvolvimento sustentável, seu nome é reconhecido internacionalmente, talvez mais do que no Brasil, à frente do Ministério do Meio Ambiente ela travou uma intensa batalha com a bancada ruralista, e com o próprio Governo Lula, que pela necessidade de por em andamento um projeto progressista e desenvolvimentista para o país conflitantes com a política imposta por Marina no Ministério. Aí talvez resida uma das causas da saída de Marina do Partido dos Trabalhadores, na medida em que o Governo Lula do PT priorizou a área econômica em detrimento da ambiental. Entendimento esse que é em parte errado, já que os dados de 2009 no campo ambiental são amplamente favoráveis, graças às medidas de Marina no Ministério, e da continuidade com o Ministro Carlos Minc, em muitos anos é a primeira vez que os dados apontam uma redução no ritmo do desmatamento da Amazônia.
Ao que tudo indica, Marina Silva vai filiar-se no Partido Verde, no entanto qual é o PV que vai receber a ecologista Marina? Faz muito tempo que o PV não é o partido da Ecologia, do desenvolvimento sustentável, da preservação da Amazônia. Qual foi a última campanha do PV em que esses temas aparecem como prioritários? Quem é a grande estrela eleitoral do PV que tem um discurso para o desenvolvimento sustentável? Fernando Gabeira? Ele é mais conhecido pelas suas idas e vindas partidárias, inclusive no Partido dos Trabalhadores, por sua excentricidade e pela sua aproximação recente com os Tucanos e Demos.Como a Senadora Marina vai se posicionar em relação à crise do Senado a partir de agora? O líder da bancada do PV no Câmara dos Deputados é Zequinha Sarney. Marina, que até agora pelo Partido dos Trabalhadores vem se colocando a favor do afastamento do Presidente do Senado José Sarney, será que ela recém chegada ao partido Verde vai se contrapor contra o líder dos verdes? São perguntas que nos só iremos conhecer as respostas de acordo com o tempo e as posturas de Marina a partir de agora.
Marina Silva, caso se decida por realmente se lançar candidata à Presidência da República em 2010 trará para o centro do debate eleitoral suas bandeiras históricas: Desenvolvimento Sustentável e preservação da Amazônia. No entanto, alguns analistas políticos e jornalistas desde antes de a Senadora anunciar sua saída do Partido dos Trabalhadores já propalavam que a possível candidatura de marina Silva a Presidência da República seria um duro golpe a candidatura da Ministra Dilma do PT a Presidência. Eu acredito que não será assim. Primeiro, o discurso pelo Desenvolvimento Sustentável e pela Preservação da Amazônia tem um apelo forte na população com mais anos de escolarização e de maior renda, ou seja, a pequena parcela da sociedade brasileira, a candidatura do Partido dos Trabalhadores, consolidada no nome da Ministra Dilma, é pautada nos projetos sociais, na política econômica e no sucesso internacional recente do país, graças ao Governo Lula do PT, que tem em sua base polítco-eleitoral a população de baixa renda e menor tempo de escolaridade. Segundo, o discurso da ética, que a oposição pretende colocar durante a campanha, devido a sua falta de projetos para o país, não pegará, os partidos da oposição, PSDB/DEM/PPS tem muito mais a perder com esse discurso do que o PT, e o PV, também, tem muito a perder com esse discurso, já que nos últimos anos a sigla se tornou em um partido de aluguel, procurados por políticos sem nenhuma consistência ideológica ou por políticos oportunistas que aderem à sigla pois os cocientes eleitorais do Partido Verde são mais baixos que de outros partidos, além de o partido não ter nomes de peso eleitoral e esses políticos oportunistas se aproveitam da legenda para alcançarem s cargos desejados.
Confirmando-se a filiação da Senadora Marina Silva no partido Verde era terá de enfrentar todos esses problemas, com a diferença de que ela não estará mais no Partido dos Trabalhadores, uma instituição democrática, que elege democraticamente suas lideranças, ao contrário de outros partidos políticos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

JPT divulga carta em que pede que Marina Silva permaneça no PT


A Direção Nacional da Juventude do PT lançou no último dia 14 de agosto uma carta pedindo a Senadora Marina Silva - PT do Acre - para permanecer no partido, e desenvolver no PT esse debate sobre o desenvolvimento sustentável. Abaixo a transcrição da carta.

"Carta Aberta da Direção Nacional da Juventude do PT à Senadora Marina Silva

É por meio desta carta que nós da Direcão Nacional da Juventude do PT viemos nos manifestar por vida longa à militancia ambientalista e por sua permanencia, querida companheira e senadora Marina Silva, no PT.
Sabemos da intensa esperança que você deposita sobre a juventude, para que consigamos incorporar e desenvolver uma nova cultura política que encare a luta dos movimentos sociais ambientalistas como necessidade e como responsabilidade desta geração.
A Juventude do PT passa hoje por um momento de intensa organização e a questao ambiental e a defesa do ecosocialismo estao contidas nas resoluções de nosso I Congresso. Marina Silva é para nós uma referência que inspira, move e motiva.
O momento historico que vivemos no país evidencia que é o PT o partido que tem maior capacidade de canalizar e desenvolver imediatamente a agenda de reinvidicacoes ambientais no Brasil e a reconhecemos, Marina, como figura essencial neste contexto.
A história do nosso partido se confunde muitas vezes com sua própria história, Marina, com sua luta ao lado de Chico Mendes e como Ministra do Meio Ambiente também. Está colocado como desafio, não só para o PT, mas para a própria esquerda da América Latina e de todo o mundo, atingir o pleno emprego com base em um modo de producao e de mercado sustentáveis do ponto de vista econômico, social, espacial e ambiental.
Para isso, ressaltamos a necessidade de uma preparacao maior do nosso partido para enfrentar os desafios ambientais e integrar ainda mais esta dimensão fundamental no modelo de desenvolvimento e ao nosso projeto de país, impulsionados pelo Governo Lula. Para isso, sua presença e atuacao são indispensáveis.
O PT é o instrumento a ser utilizado para transformar a sociedade e continuar no caminho das mudancas socioambientais que sonhamos e construimos juntos por tantos anos. Continuamos com a sua militancia aguerrida ao nosso lado e vamos juntos cuidar do Brasil! Chico Mendes vive!

Direção Nacional da Juventude do PT
14 de agosto de 2009"

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

POR UM PED DA JUVENTUDE EM 2011


O texto publicado abaixo foi publicado originalmente no blog Juventude em Pauta, que há muito tempo consta da lista de sites favoritos desse blog, de autoria de Leopoldo Vieira, consultor para o desenvolvimento de políticas públicas de juventude em âmbito legislativo e executivo, e assessor do mandato do deputado estadual paraense Carlos Bordalo (PT), autor de inúmeros projetos voltados à juventude. É autor de A Juventude e a Revolução Democrática e articulista da seção Juventude e Cidadania do site do ex-ministro José Dirceu.

"A juventude do PT começa a travar, agora com mais fôlego, o debate que envolve a renovação das suas direções tanto em nível nacional, como estadual e municipal. E não há como fugir de se discutir data e formato, mas uma coisa é certa: não podemos enxergar as eleições da JPT como parte de uma agenda que envolveria, por exemplo, o CONUNE, compreendendo a juventude partidária como uma entidade da sociedade e não como um fórum partidário, cujas tarefas centrais são, prioritariamente, de âmbito externo. É inadmissível, ante a envergadura das nossas tarefas em 2010, ver esse processo como oportunidade para a agitação e propaganda interna de posições de uma tendência ou outra. Essa é a visão de formigueiro onde o militante, diante da pergunta "o que você fez durante sua atividade política juvenil?", responde: "combati força X". É fundamental conjugar, portanto, o desenvolvimento do acúmulo interno que obtivemos na frente juvenil petista, com a convocação do I ConJPT, e suas resoluções homologadas pelo Diretório Nacional, principalmente no que tange à auto-organização, com a clareza de qual juventude partidária precisaremos ter ano que vem.
Quem acompanha o noticiário sobre a juventude na imprensa percebe o quanto é grande a ofensiva conservadora contra as conquistas advindas do governo do presidente Lula: bloco das juventudes oposicionistas (JPSDB, J-DEM, JPS) para atacar os avanços na educação, a senadora Marisa Serrano (PSDB) denunciando o que ela considera como a "farsa do ProJovem", a retomada da agenda da redução da idade penal no Congresso, as ações judiciais dos Bolsonaro e DEM contra as cotas sócio-raciais, a introdução aberta do Toque de Recolher em administrações municipais como alternativa para a juventude marginalizada, os ataques da mídia contra a UNE, a manipulação de pesquisas sobre a condição juvenil (O Globo) ou a mais pura campanha pela idéia de juventude-problema (Estadão).
O "PIG" que manipula os dados do PAC, a crise do Senado, a CPI da Petrobrás, que forjou o Mensalão e que acoberta Yeda Crusius, Beto Richa, Arthur Virgílio, já percebeu, assim como os partidos conservadores, o papel estratégico que a juventude terá nas eleições presidenciais e o peso que possuem os programas implementados pelo presidente Lula nessa seara para o voto dela. A guerra (clique para ler o artigo A Disputa de 2010 e a Juventude) neste campo não será menos brutal do que a luta política global.
Afirmar que a montagem de uma arena de disputa interna no início de 2010 servirá para mobilizar a juventude do PT é um engôdo que só serve para mascarar as bitolas do internismo e a irresponsabilidade com a agenda que interessa: a necessidade de convencermos de fato o DN a construirmos uma forte campanha para a juventude brasileira, com material e plataforma específicos, defendendo os avanços do governo do presidente Lula e apontando os passos seguintes.
Para isso, teremos que operar profissionalmente campanhas juvenis nos estados, com recursos financeiros, reconhecimento partidário, legitimadas perante as coordenações de campanha. Será fundamental desenvolvermos um processo intenso de diálogo com as juventudes aliadas (UJS, JSB, JS-PDT, JPMDB, JPL etc) para consolidarmos, favorecermos e fortalecermos essa perspectiva apontada acima. Precisaremos operar a articulação entre nossas candidaturas aos governos estaduais, assembléias legislativas, Senado e Câmara dos Deputados, com essas campanhas e plataformas específicas.
Tarefas essas que não podem ser realizadas de qualquer jeito e muito menos sob a ótica de que seriam, na verdade, secundárias diante da agenda interna. Temos que viabilizar o seminário de PPJs das juventudes de esquerda, reproduzí-lo nos estados, por exemplo. Uma iniciativa, nesse período aberto agora, mais importante do que qualquer disputa interna que divida a juventude do PT, confunda nossos aliados, suspenda e trave a agenda central e desperdice energia. A demanda primordial é uma direção firme e coesa para comandar esse processo e a atual, eleita no vigoroso processo do ConJPT, tem plena autoridade e legitimidade para isso.
A mobilização da militância jovem do PT tem que ter como norte nosso programa unificado, nossa candidata à presidente, as candidaturas que lançaremos e apoiaremos nos estados, nossa estratégia comum.
Por outro lado, não é o caso de desacumularmos o que foi conseguido internamente. Pensar em fazer uma renovação de direção da JPT de qualquer maneira não passa de oportunismo dos que sonham em tomar de assalto esse fórum. Sequer definimos como será, estatutariamente, o formato da agenda eleitoral da juventude do partido. E essa definição precisa passar pelo II ConJPT, não pela direção política, para o que é pequena demais para deliberar sobre um assunto tão nodal.
Por isso, uma decisão antecede todas as outras: focar nas grandes causas e tarefas externas que a juventude do PT possuirá em 2010, esquecer o internismo e convocar para 2011 um luminoso, democrático e massivo PED da Juventude."

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

GOLPE MILITAR EM HONDURAS: UMA REFLEXÃO SOBRE A AMERICA LATINA E SUAS RELAÇÕES COM OS EUA.


Mais de um mês já que foi dado o golpe de Estado em Honduras, e ainda não se chegou a uma solução. Inicialmente, para mim, Honduras era mais uma nação desorganizada, com uma economia frágil, e amplamente dependente da economia norte-americana, como a imensa maioria das nações da América Central e do Sul, e que talvez a retração da economia dos EUA tivesse afetado o equilíbrio de poder das elites hondurenhas, revivendo a tradição de golpes de estado nas nações da América Latina do século XX. Procurando as raízes dos golpes de estado na América Latina da segunda metade do século XX chegamos a uma resposta político-ideológico, devemos enquadrar a maior parte desses fatos ao contexto da Guerra Fria e do bipolarismo que dividia o planeta em duas zonas de influência: uma área de controle submetido à política dos EUA e a segunda sob hegemonia da Ex-URSS. As nações se alinhavam de acordo com os interesses econômicos e a pressão militar. Uma das formas de ação, principalmente dos EUA, na região para trazer ou manter os países sob sua zona de influência era, e continua sendo, o financiamento de determinadas elites, nos países periféricos, para que elas tomassem o poder e controlassem a grande mídia nessas nações, ditando políticas econômicas de subordinação desses países aos norte-americanos. Dessa forma as forças armadas dos EUA atuavam nessas nações sem precisar de uma intervenção militar direta.
Com a queda do “Muro de Berlim” e a nova ordem mundial de forças políticas a justificativa e o inimigo do imperialismo dos EUA mudaram, Ao invés de uma justificativa político-ideológico contra o socialismo, a batalha passou a ser “em prol” de uma justificativa civilizatória-democrática, combatendo o radicalismo religioso islâmico, personificado nos denominados terroristas. Assim foi na invasão do Afeganistão e do Iraque, e nas relações mundiais com o Irã. Porém, um segundo front de luta vem surgindo, deste a eleição de Hugo Chaves na Venezuela. Assumindo o poder no final da década de 90 do século passado, Chaves iniciou uma política de independência econômica, pautada na nacionalização da exploração do petróleo, convertendo os petrodollares em ações sociais e na reorganização das forças armadas venezuelanas. Passou a atuar também, no combate a grande mídia venezuelana, restringindo a atuação de redes de comunicação comprometidas com o capital estrangeiro que formavam a opinião pública de forma viciada e tendenciosa. Reconhecido como líder regional, Chaves passou a financiar campanhas políticas na região andina, exportando sua tese de nação a Bolívia, com Evo Morales, e ao Equador, com Rafael Correa. Por coincidência, ou não, no mesmo período, na América Latina, outras nações elegeram governos politicamente alinhados com a esquerda, assim como Chaves, como o Brasil de Lula e a Argentina dos Kirchners, compondo um bloco independente politicamente na região.
Nos últimos anos, o governo de Honduras chefiado pelo presidente eleito democraticamente Zelaya, contratou uma firma norueguesa de prospecção petrolífera que ao terminar seu trabalho comprovou a existência de uma grande reserva de óleo em território hondurenho, que poderia trazer a autonomia econômica ao país. Até o ano de 2008 a exploração do subsolo em Honduras estava a cargo de empresas multinacionais, no entanto, o governo Zelaya propôs uma mudança constitucional, garantindo a posse de toda e qualquer riqueza encontrada no subsolo hondurenho era de propriedade da nação, assim como é no Brasil. por iniciativa do governo haveria nas eleições presidenciais desse ano uma urna extra, plebiscitária, onde o povo de Honduras decidiria pela convocação ou não de uma Assembléia Nacional Constituinte, que revisaria a Constituição do país, principalmente no tocante a exploração das riquezas naturais de seu país. Foi para combater essa iniciativa que a elite aristocrática hondurenha promoveu o golpe de estado em seu país.justificando sua atitude com a possível alteração constitucional que permitiria a reeleição presidencial, acusando Zelaya de querer se perpetuar no poder.
É interessante notar a atuação do governo norte-americano em relação ao conflito em Honduras. Inicialmente não se pronunciou, não condenou o golpe, mesmo sendo ele de caráter não democrático, contrariando o discurso da política internacional estadunidense e por fim, propondo a mediação ao governo da Costa Rica, que é fortemente influenciado pelo governo dos EUA. É interessante notar, que desde o fim da década passada o preço do petróleo no mercado internacional vem subindo bruscamente, o consumo do mesmo vem aumentando também, as reservas do óleo no EUA vem diminuindo, e desde então, com o governo Bush e agora Obama, as ações militares norte-americanas tem preferencialmente como alvo, regiões produtoras de petróleo, o Oriente Médio, a pretexto civilizatório e a região do Caribe, com a justificativa de combater o narcotráfico. Coincidência ou não, esse ano agora o Governo Obama acertou com o Governo Uribe, da Colômbia, a implementação de 7 bases militares americanas em solo colombiano, dessa forma, as forças armadas norte-americanas terão o poder de cobrir todo o território da América Latina com autonomia de vôo a partir das plataformas instaladas na Colômbia.
É preciso que os Governos latino-americanos se levantem contra o gole em Honduras, restitua o Governo Zelaya, garantindo ao povo de Honduras a posse sobre suas riquezas naturais e impeça a presença militar dos EUA em seus territórios, pois só assim, investindo os recursos oriundos das suas riquezas dentro da própria América Latina é que nossas nações conquistaram a completa hegemonia política e econômica. Enquanto aceitarmos calados a intromissão dos governos norte-americanos em nossa região, continuaremos vendendo bananas.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

PASUSP

PASUSP é o programa da Universidade de São Paulo que tem por objetivo ampliar o ingresso de alunos vindos das Escolas Públicas nos seus cursos de graduação. Esse programa vem no contexto das políticas de ações afirmativas adotadas pela maior parte das instituições de ensino superior pública do Brasil. As Universidades públicas do Estado de São Paulo têm adotado programas que contemplem apenas os critérios sociais, diferentemente de uma parte considerável das Universidades Federais e de outros Estados que tem adotado programas que, além de contemplarem os critérios sociais, contemplam também, os raciais.
O PASUSP tem como público alvo estudantes que cursaram os dois primeiros anos do Ensino Médio em Escolas Públicas de todo Brasil e estão cursando o terceiro ano do Ensino Médio em Escolas públicas no Estado de São Paulo (Municipal e Estadual). A prova tem um caráter opcional, não sendo requisito para a participação no vestibular da Fuvest, ou seja, não é obrigatório prestar o PASUSP para prestar a Fuvest. O prazo de inscrição para o processo será é de 17 de agosto à 15 de setembro.
O PASUSP consistirá em uma prova, aplicada no dia 25 de outubro, na capital e em outras 44 cidades do interior de São Paulo, contendo 50 testes de múltipla escolha, pautada nos Referencias Curriculares para o Ensino Médio da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, no período da tarde, com 4 horas de duração.
De acordo com o desempenho do estudante nessa prova, será atribuída a ele uma bonificação de até 3% nas notas da primeira e segunda fase do vestibular da Fuvest. O PASUSP integra o INCLUSP, programa de inclusão social da USP, que bonifica aqueles estudantes que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas na nota final do vestibular da Fuvest em 3% e, também, pode ser acrescido de mais 6% da nota do vestibular dependendo do desempenho no ENEM. Ao todo, os alunos vindos das escolas públicas podem ter uma bonificação de 12% na nota final do Vestibular.
O PASUSP e o INCLUSP, assim como todos os outros programas de ações afirmativas não resolvem o problema, são paliativos que amenizam no curto prazo as conseqüências da concentração de renda no Brasil, do precário sistema público de Educação Básica e da insuficiente oferta de vagas do Ensino Superior Público em nosso país. Entendo, também, que desde de 2002 os Governos, em especial o Governo Federal do Presidente Lula, vem intensificando ações para que os projetos de ações afirmativas tornem-se desnecessários, com projetos como o Reuni e com a abertura de novas universidades públicas federais, que juntos totalizaram até 2010 400 mil novas vagas em cursos de graduação nas Universidades Federais.

Maiores informações sobre o PASUSP consultar site da Pró-Reitoria de Graduação da USP: http://prg.uspnet.usp.br/prg/site/

segunda-feira, 20 de julho de 2009

SÃO PAULO E O PT EM 2010.


Texto do prefeito de Osasco Emídio de Souza, extraído do site da Macroregião do PT Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira.

"É esse debate que precisa ser proposto aos brasileiros que moram em nosso Estado. Chegou a hora de arejar São Paulo

PELA PRIMEIRA vez, desde 1989, o nome do presidente Lula não estará na cédula na próxima eleição. Para os militantes e simpatizantes do PT, esse fato traz em si uma novidade e uma enorme tarefa: confirmar nas urnas no ano que vem o projeto político que estabilizou a economia, gerou emprego, redistribuiu a renda e acumulou reservas robustas o suficiente para que o país estivesse firme diante da maior crise econômica mundial desde 1929.

No plano federal, o partido caminha para abraçar a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, cuja experiência e conhecimento dos principais problemas e gargalos do país é indiscutível. Não por acaso foi escolhida responsável pelo Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, tarefa que vem desempenhando com competência e o devido senso de urgência.

Nesse cenário, a presença de São Paulo na sucessão presidencial reveste-se de importância ainda mais significativa. Maior colégio eleitoral do país, o Estado sintetiza talvez como nenhuma outra unidade da Federação o maior problema brasileiro: a imensa desigualdade que separa ricos e pobres. Ainda hoje convivem aqui polos de tecnologia e excelência e municípios com taxa de mortalidade infantil próxima das regiões mais pobres do país.

Em São Paulo, seja por sua dinâmica econômica, seja pela importância política específica que o Estado tem, vai se dar o grande embate de projetos para o futuro do país.
Felizmente, o PT tem o que mostrar, e as comparações, sob qualquer ponto de vista, nos são amplamente favoráveis: fim da dependência do FMI (Fundo Monetário Internacional), mudança paulatina de matriz energética, criação de vigoroso mercado interno, elevação do país a "investment grade", redução do desemprego, inserção no cenário internacional. Enfim, não temos medo do debate!

Não é essa a situação dos tucanos em São Paulo. Sob denominações partidárias diversas, o atual primeiro escalão paulista participou ativamente de todos os governos, sem exceção, que se sucedem no Estado há 26 anos (Montoro, Quércia, Fleury, Covas, Alckmin e Serra), tempo suficiente para mudar eixos fundamentais de políticas públicas.

Infelizmente, decorrido mais de um quarto de século, a educação pública paulista, responsável pela formação de gerações de profissionais preparados em outros tempos, caminha de forma medíocre, devolvendo à sociedade legiões de analfabetos funcionais, incapazes de formular um pensamento ou escrever um texto com começo, meio e fim.

Na área do transporte e das vias públicas, diz tudo a lentidão da ampliação do Metrô e a inapetência para entregar o Rodoanel.

A segurança pública oscila entre a falta de iniciativa e a Operação Castelinho, entre as ruas desertas devido às ameaças de um grupo organizado de presos e o conflito aberto entre policiais civis e militares na porta do Palácio dos Bandeirantes.

Como se observa, apesar da suposta intimidade com a moderna gestão do Estado, os tucanos repetiram em São Paulo sua vocação para promover apagões...

É esse debate que precisa ser proposto aos brasileiros que moram em nosso Estado. Chegou a hora de arejar São Paulo, reciclar ideias e promover alternância do núcleo de poder.
Mais do que a disputa materializada em nomes, o PT, com sua história, sua militância, seus erros e seus acertos, tem a tarefa de promover um profundo debate e dizer o que quer para o nosso Estado agora e para as futuras gerações.

Deve ser a nossa prioridade neste momento o processo de construção de um programa que projete o Estado de São Paulo que nós queremos para o futuro, com planejamento estratégico que contemple eixos para a saúde, a educação, a segurança, a infraestrutura e os programas de inclusão social.

É com essa motivação que participo do debate com meus companheiros e com a sociedade de forma geral.

A definição de nomes e candidaturas virá a seu tempo, sem prévias ou imposições, com musculatura e densidade, e com o PT mais unido do que nunca, pronto para construir um projeto que devolva o Estado de São Paulo ao caminho da inovação, da liderança e do bem-estar social."

Nota do PT em repúdio ao golpe de Estado em Honduras.

Essa nota já foi publicada a um tempinho, mas só a vi hj e resolvi transcrevê-la aqui tb, extraída do site do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores.



"Orientação aos Petistas

O repúdio ao golpe em Honduras é generalizado

Já manifestaram-se o presidente da Assembléia da ONU e o secretário-geral da entidade, a Organização dos Estados Americanos, o Sistema de Integração Centroamericana, os países da Alba, o Grupo do Rio, a Unasur, a União Européia e os EUA. O governo brasileiro deixou claro que não conciliação possível com o golpismo.

Em Honduras, há um único governo e um único presidente: Manuel Zelaya. Todo o nosso apoio ao povo hondurenho, em luta pela democracia.

Hoje, 30 de junho, ocorreu em São Paulo o primeiro ato público contra o golpe em Honduras. Nova manifestação ocorrerá no dia 2 de julho, também em São Paulo, em atividade realizada pela Central de Movimentos Sociais e partidos políticos, entre os quais o PT.

A direção do PT orienta seus filiados, especialmente os parlamentares e demais figuras públicas, a ampliar a denúncia e as mobilizações de solidariedade. O golpismo militar, articulados com os interesses oligárquicos e seus apoiadores incrustrados no parlamento e na judiciário, não pode vencer. O povo latino-americano, assim como o povo brasileiro, não quer a volta ao passado.

Ricardo Berzoini, presidente nacional do PT

Valter Pomar, secretário de relações internacionais"

quarta-feira, 15 de julho de 2009

NOVO ENEM!


Encerra-se nessa sexta-feira o prazo de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM. O Exame foi criado em 1998, no âmbito da formulação das Avaliações Externas com o intuito de dar subsídios comparativos para as avaliações das escolas. O Exame sempre foi optativo, e progressivamente a adesão dos concluintes do ensino médio foi aumentando progressivamente de acordo com que as Universidades passaram a adotar a nota do Exame como bonificação a nota do vestibular.
2009, será uma refundação do ENEM, os objetivos nas mudanças propostas pelo MEC para o Exame são democratizar o acesso às universidades públicas, tornando-se um padrão de referência nacional de avaliação dos concluintes do Ensino Médio, substituindo os vestibulares por Universidades e sendo a baliza que regule os conteúdos metodologias aplicados no Ensino Médio. O ENEM 2009 será o principal instrumento de seleção de ingresso de 45 Universidades Federais, além de outras tantas Universidades Estaduais e Particulares.
O Vestibular tradicional é, ainda hoje, a ferramenta mais usada para a seleção de ingresso as Universidades Públicas no Brasil, mesmo seu modelo sendo criticado pela ampla maioria de educadores e estudantes. Uma prova pontual e que exige a memorização de conteúdos. O novo ENEM tem o intuito de modificar essa estrutura, na medida em que propõe uma abordagem interdisciplinar, um vínculo entre teoria e prática, além de diminuir a obrigação da memorização dando importância à capacidade de aplicação das informações e conhecimentos adquiridos durante o Ensino Médio, o que a meu ver, tornando a avaliação um instrumento comparativo não de um para com o outro, mas sim da individualidade de cada estudante. O MEC pretende assim renovar o currículo do Ensino Médio, organizando os conteúdos de acordo com as áreas configuradas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (1998), que atendem aos seguintes eixos cognitivos:
I- Dominar Linguagens;
II- Compreender Fenômenos;
III- Enfrentar Situações-Problema;
IV- Construir Argumentação e
V- Elaborar Propostas.
O que ainda continua como desafio para o MEC e a realização do Enem como uma prova seriada, ao longo dos três anos do Ensino Médio.
O Novo ENEM será aplicado nos dias 03 e 04 de outubro, contendo 4 provas, 1 para cada área de conhecimento, contemplando cada uma das provas os 5 eixos cognitivos estabelecidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio:
1- Matemática;
2- Linguagens e Códigos;
3- Ciências da Natureza e
4- Ciências Humanas.
Cada prova terá 45 questões, além das provas os estudantes terão de fazer uma Redação.
O MEC sabe que o Novo ENEM não está totalmente implementado, se tem à consciência de que a prova de 2009 é um Exame de transição, por isso já foi instituído um Comitê de Governança do ENEM, constituído por representantes do MEC, das Universidades Federais e das Secretarias Estaduais de Educação, que irá propor mudanças para os Exames seguintes, algumas dessas mudanças já foram anunciadas, como a inclusão na avaliação de conteúdos de língua estrangeira (inglês e espanhol) e a realização do ENEM, já a partir de 2010 duas vezes ao ano, uma em cada semestre.