quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

ELEIÇÕES NO URUGUAI E EM HONDURAS....

No último domingo, 29 de novembro, tanto no Uruguai, como em Honduras, aconteceram eleições presidenciais. No entanto, o modo como foi conduzido o processo nos dois países foi bem distinto.
No Uruguai, ocorreu uma verdadeira festa cívica, onde o Governo atual, legalmente eleito anos atrás, conduziu um processo juridicamente legal, que não deixou nenhuma dúvida da sua clareza e lisura. Sendo eleito presidente José “Pepe” Mujica, da Frente Ampla, apoiado pelo presidente Tabaré Vasquez. Já em Honduras, o processo foi dos mais nebulosos dos últimos tempos, onde quem conduziu o processo eleitoral foi o governo golpista, que assumiu o poder no país no meio do ano através de um golpe militar. As eleições hondurenhas estão desprovidas de credibilidade e de legitimidade, processo esse, que não respeitou a vontade dos cidadãos hondurenhos, mas sim de uma elite local e do governo norte-americano. Em Honduras foi eleito Porfírio Lobo, apoiado por aqueles que deram o golpe de estado.
As eleições em Honduras, segundo o governo golpista tiveram abstenção de aproximadamente 40%, já a assessoria do presidente Manuel Zelaya, deposto em junho, declara que a abstenção chegou no patamar de 67% do eleitorado. Analisando os números divulgados, o que se pode afirmar é que a votação deve um baixo nível de comparecimento, o que reflete a falta de confiança da população hondurenha em relação à lisura do processo. Votação essa, que não legitima o governo eleito, já que ele carrega como “peso” eleitoral, menos da metade dos eleitores de Honduras.
O que nos mostra os dois processos eleitorais do último fim de semana, é que hoje em dia, com a rapidez com que corre a informação, com o custo da comunicação de massa, barateado pela Internet, através dos blogs, twitters, youtubes, e similares, em detrimento dos grandes conglomerados de comunicação, é que um processo ilegítimo, não democrático, não é mais nos empurrado a força como antes, a luta de Honduras agora é para os outros países reconhecerem o seu governo eleito dessa forma, não será um caminho fácil. Já o novo governo do Uruguai já nasce reconhecido pela Aldeia Global.

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